Receita bruta de revenda do comércio do Paraná cresce 10,3%, revela IBGE


Setor que mais cresceu no Paraná, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (13) foi o de comércio de veículos, peças e motos, com índice de 52,2%
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13/06/2008 - 18:10
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A Pesquisa Anual de Comércio (PAC) de 2006, divulgada nesta sexta-feira (13) pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, revela que a receita bruta de revenda das empresas comerciais varejistas do Paraná cresceu 10,3% no geral em relação ao ano de 2005. O setor que mais cresceu no Paraná foi o de comércio de veículos, peças e motos, com índice de 52,2%. Em seguida, aparece o setor de tecidos, artigos de armarinhos, vestuários e calçados, com aumento de 23,5%. Os artigos de uso pessoal e doméstico também apresentaram crescimento acima da média geral: 19,5%. Para o diretor do IBGE no Paraná, Sinval Dias dos Santos, o crescimento da receita das empresas comerciais deve-se “ao atual momento econômico do Brasil, o aumento da renda do trabalhador e a facilidade de crédito”. Segundo ele, a soma de todos estes fatores fez com que o Paraná tivesse um desempenho acima da média nacional. “Além do mais, temos aqui uma indústria, comércio e agricultura fortes, que fazem com que a economia esteja sempre aquecida”, acrescentou. Na região Sul, o Paraná manteve o primeiro lugar, com uma receita bruta de revenda de R$ 90,5 bilhões, contra R$ 87,8 bilhões do Rio Grande do Sul e R$ 53,2 bilhões de Santa Catarina. A nível nacional, o Paraná ocupa a quarta posição, atrás de São Paulo (R$ 396,2 bilhões), Minas Gerais (R$ 112,1 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 94,6 bilhões). O Paraná possui 111,4 mil estabelecimentos comerciais, que juntos empregam 585,7 mil trabalhadores. O comércio varejista, com uma receita bruta de R$ 34,8 bilhões e 111,4 mil estabelecimentos, emprega 437,3 mil trabalhadores. O comércio não-especializado conta com 16,5 mil estabelecimentos, 87,3 mil trabalhadores e uma receita bruta de revenda no valor de R$ 10,3 bilhões. Já o setor de hiper e supermercados possui 1,3 mil estabelecimentos, 54,5 mil trabalhadores e uma receita de mais de R$ 8 bilhões. Em 2006, a PAC estimou, no Brasil, aproximadamente 1,6 milhão de estabelecimentos pertencentes a 1,5milhão de empresas comerciais que, em conjunto, geraram cerca de R$ 1,1 trilhão de receita operacional líquida, ocuparam 7,6 milhões de pessoas, que receberam em salários, retiradas e outras remunerações R$ 61,6 bilhões. Entre os anos de 2005 e 2006, o atacado permaneceu com a maior parcela da receita operacional líquida, enquanto que o varejo foi o segmento com maior participação no número de empresas, número de estabelecimentos, pessoal ocupado e salários, retiradas e outras remunerações, em ambos os anos. A pesquisa tem como objetivo descrever as características estruturais básicas do comércio no país e suas transformações no tempo em três grandes divisões: comércio varejista, comércio por atacado e comércio de veículos automotores, peças e motocicletas, que representam, respectivamente, no número total de empresas do setor 83,6%, 7,2% e 9,2%. A PAC revelou ainda que a receita operacional líquida das empresas comerciais na faixa de até 19 pessoas ocupadas, aumentou sua participação de 28,6% para 29,9% entre 2005 e 2006, ultrapassando as empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas, que diminuíram sua participação de 29,9% para 29,2%, no mesmo período. Em 2006, as empresas comerciais varejistas que ocupavam até 19 pessoas concentraram a maior parcela da receita operacional líquida (45,9%), dos salários, retiradas e outras remunerações (55,9%), pessoal ocupado (68,7%) e número de empresas (98,3%) do comércio. Focalizando as empresas com 250 pessoas ocupadas ou mais, a pesquisa mostrou que o salário médio do trabalhador diminuiu de 4,7salários mínimos mensais para 3 salários mínimos mensais.

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