Ranking do IDH aponta: Paraná tem o maior avanço entre primeiros colocados

Dados constam no relatório “Emprego, Desenvolvimento Humano e Trabalho Decente – A experiência brasileira recente”, lançado neste mês por três agências da ONU
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24/09/2008 - 17:00
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Um comparativo feito entre os anos de 2002 e 2005 mostra que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Paraná foi o que apresentou maior avanço entre os seis primeiros colocados no ranking nacional. Os dados constam no relatório “Emprego, Desenvolvimento Humano e Trabalho Decente – A experiência brasileira recente”, lançado neste mês por três agências da ONU: CEPAL (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), OIT (Organização Internacional do Trabalho) e PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é calculado para diversos países e para os Estados leva em consideração os componentes longevidade, educação e renda. O índice vai de 0 a 1 — quanto mais perto do 1, maior o desenvolvimento humano. A nota do Paraná salta de 0,804 em 2002 para 0,820 em 2005, ano de referência mais recente da pesquisa. Mesmo ocupando a sexta posição no ranking nacional, atrás dos Estados de Rio Grande do Sul (0,832), Rio de Janeiro (0,832), São Paulo (0,833), Santa Catarina (0,840) e Distrito Federal (0,874), o Paraná conquista 16 pontos na escala, sendo a melhor conquista obtida entre os primeiros colocados. “Essa é uma conquista relevante”, observa Carlos Manuel dos Santos, presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social – Ipardes. Segundo ele, as políticas adotadas no Paraná, desde 2003, devem confirmar a melhoria no índice para os próximos anos. Ele cita, como reflexo da expansão do crescimento, a implantação do piso salarial regional no Paraná, que varia entre de 527 a 548 reais, em média 32% maior que o salário mínimo nacional, de R$ 415,00. “As políticas implantadas devem visar assegurar não só um crescimento contínuo mas, sobretudo, de forma a incorporar o maior número possível de pessoas aos benefícios desse processo, focando a inclusão dos mais necessitados para um desenvolvimento equânime”, preconiza Santos. A maior conquista do Paraná foi na área de educação, que aumentou 17 pontos, passando da nota 0,896 em 2002 para 0,913 em 2005. Para a avaliação desta área, o indicador é medido pela combinação da taxa de alfabetização de pessoas de 15 anos ou mais e taxa de freqüência escolar nos três níveis de ensino (fundamental, médio e superior) em relação à população de 7 a 22 anos de idade. Para a melhoria na educação, o Governo do Paraná, desde 2003, desenvolveu programas como o Paraná Alfabetizado, o Fera Com Ciência, a Caravana da Alfabetização, a Educação Indígena e do Campo, a retomada da educação profissional, a Educação de Jovens e Adultos, construções e reformas de colégios, quadras cobertas, entre outros. Atualmente, o Governo do Estado investe 30% do orçamento na educação, percentual este implementado em forma de Lei, com isso, foi possível oferecer quatro aumentos salariais aos educadores e instituir o plano de carreira aos funcionários das escolas. “Temos, para agregar a essas iniciativas, a construção de 100 novas escolas, 600 quadras esportivas e 12 escolas-modelo, que terão vilas de moradia para professores e que serão construídos em regiões com baixo IDH. Sabemos o potencial da educação na abertura de horizontes e seu papel nas transformações sociais. E estamos trabalhando muito para fazer a educação paranaense dia-a-dia melhor”, afirmou a secretária de Educação, Yvelise Arco-Verde. No item longevidade, medido pela esperança de vida ao nascer, o Paraná avança 16 pontos. Em 2002, a nota era de 0,793 e evoluiu para 0,809, em 2005. Dos seis primeiros colocados no ranking nacional, somente o Rio de Janeiro também conseguiu obter avanço de 16 pontos, ainda assim, passou a ter a nota de 0,793, ou seja, o mesmo patamar que o Paraná tinha em 2002. Os investimentos na área de saúde têm contribuído para o que a expectativa de vida aumente a cada ano. Desde 2003, são 34 hospitais sendo construídos, reformados e ampliados em todo o Paraná. Os investimentos já superam R$ 180 milhões. Além disso, o Governo do Estado investe na atenção básica e na redução da mortalidade materno-infantil. O Programa Leite das Crianças foi um dos pilares dessas políticas. Estão sendo construídos 300 Centros de Saúde da Mulher e da Criança. O Governo do Estado também está, em uma iniciativa inédita, dando incentivo financeiro para a expansão das equipes do Programa Saúde da Família. Desde o início do incentivo, já foram repassados R$ 45 milhões para os municípios ampliarem as equipes. No componente renda, o Paraná passa da nota 0,724 em 2002 para 0,739 em 2005, com ganho de 15 pontos na escala. Para avaliar este item, foi utilizada a renda familiar considerando o ganho de cada indivíduo. Isso mostra que a geração de emprego/renda foi outra conquista vertiginosa alcançada pelo Paraná. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, em 2002, último ano do governo anterior, foram gerados 58.827 empregos formais no Estado. De 2003 a 2005 foram 257.391 novas vagas, ou seja, o número de oportunidades no mercado formal aumentou quase cinco vezes, no período. De 2006 a agosto deste ano são mais 346.249 empregos formais, totalizando mais de 600 mil novas vagas geradas no governo Roberto Requião.

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