Líderes das cooperativas de produção de Lidianópolis, Ariranha do Ivaí, Pontal do Paraná, Japira e Borrazópolis e Ibaiti estiveram participando recentemente em Curitiba de um encontro promovido pelo Provopar Ação Social, com o objetivo de avaliar a atuação de cada um e, ao mesmo tempo, discutir a ampliação do mercado para o setor.
Lucia Arruda, presidente do Provopar, revelou que o encontro, além de proporcionar a troca de experiência entre as lideranças das cooperativas, serviu para que fosse mantido contato com uma empresa de confecção de uniformes, localizada na Região Metropolitana de Curitiba, interessada em terceirizar a sua linha de produção. “Essa empresa produz uniformes, mochilas, bolsas e jogos pedagógicos e demonstrou interesse em contratar nossas cooperativas”, disse.
Assim, o encontro de líderes de cooperativas incluiu uma visita a indústria de uniformes no município de Colombo. A empresa participa de inúmeras licitações para o fornecimento de uniformes em praticamente todos os estados brasileiros. Portanto, para firmar o contrato de terceirização, as cooperativas de produção terão que contar com a ajuda do Provopar para a aquisição de mais máquinas. “E, com isso, existe a expectativa de se aumentar o número de cooperados. Este, aliás, é o objetivo maior do Provopar quando deixou de lado o assistencialismo e adotou uma política de geração de trabalho e renda”, destacou Lucia Arruda.
A possibilidade de vir a produzir para a indústria de uniformes está causando euforia entre os cooperados de Ariranha do Ivaí, município com pouco mais de 5 mil habitantes, onde a cooperativa de confecções montada pelo Provopar, com o apoio do prefeito Silvio Gabriel Petrassi, completa um ano. “Agora, a cooperativa tem tudo para dar certo”, comemora Joyce Gonçalves, 21 anos.
Em 2005, ela deixou o emprego de costureira em Londrina para morar em Ariranha. “Eu estava desempregada, sem nenhuma expectativa de emprego, a não ser na roça ou de doméstica. Foi quando surgiu a cooperativa. Hoje, chego a tirar um salário mínimo”. Segundo ela, a cooperativa de Ariranha conta com 20 cooperadas, que atualmente trabalham na confecção de uniformes para os alunos da rede de ensino pública.
A cooperativa de Borrazópolis já conquistou seu espaço no mercado. É o que garante Liene Reis. Ela e as outras 19 cooperadas já costuraram para atender pedidos de grandes redes de lojas, como a Marisa e Riachuelo. “Também fizemos uniformes para as prefeituras de São Paulo, Recife e Santana do Parnaíba”, acrescentou.
Segundo ela, as cooperadas de Borrazópolis chegam a tirar por mês R$ 400,00. “Para a nossa cidade, é um bom salário, mesmo porque, sem a cooperativa, a maioria estaria trabalhando na lavoura ou então de doméstica. Eu mesma fazia roubas sob medida e decidi ir para a cooperativa porque tenho fé de que esse empreendimento vai crescer”, finalizou.