O Provopar Ação Social pretende doar inicialmente 100 teares manuais para os artesãos de Jacarezinho, inscritos no programa “Bairro que faz”, que é patrocinado e apoiado pelo próprio Provopar, Sebrae, Secretaria de Estado do Trabalho Emprego e Promoção Social, ACIJ – Associação Comercial e Industrial de Jacarezinho, Prefeitura Municipal e Centro de Capacitação, Produção e Comercialização de Artesanato.
Os teares manuais doados pelo Provopar serão repassados para os artesãos considerados de baixa renda, sem condições de pagar R$ 280 para a compra da máquina, que é indispensável para quem deseja aderir ao programa. “Decidimos dar nosso apoio e contribuição ao ‘Bairro que Faz’ porque entendemos que, apesar do pouco tempo de sua implantação, já vem apresentando resultado satisfatório, gerando emprego e renda a população da periferia de Jacarezinho”, argumentou Lucia Arruda, presidente do Provopar, ao anunciar a doação dos teares manuais.
O programa “Bairro que Faz” foi apresentado aos diretores e técnicos do Provopar e primeiras-damas da Amunorpi –Associação dos Municípios do Norte Pioneiro, na última sexta-feira, na sede da AABB, em Jacarezinho. “E ficamos satisfeitos com o que vimos, porque se trata de um programa que tem por objetivo capacitar e proporcionar condições de geração, distribuição e aumento da renda do artesão, de maneira sustentável. Assim, não poderíamos ficar de fora”, disse Lucia.
Capacitação - De acordo com os seus coordenadores, o programa busca capacitar pessoas desempregadas, jovens, donas de casa, trabalhadores autônomos, através de cursos nas oficinas de tecelagem com fibras naturais. O curso tem a duração de 92 horas/aula e o aluno aprende técnicas utilizadas na fabricação de tapetes, caminhos de mesa, jogos americanos, produzidos com tear manual e fibras naturais de taboa e bananeira. Eles aprendem a colher, preparar e a selecionar as fibras naturais para que possam ser utilizadas na confecção das peças.
O programa prevê também a introdução de oficinas de cerâmica, com a construção de fornos para queimar as peças produzidas pelos artesãos. A primeira turma já está sendo formada. Assim como nas oficinas de tecelagem, os alunos de cerâmica aprendem técnicas desde a extração da matéria-prima (barro) até as de produção e queima das peças, que terão apliques e detalhes feitos em fibras de taboa e bananeira, que passa a ser uma marca do artesanato produzido em Jacarezinho. A expectativa é que o “Bairro que Faz” venha capacitar 16 mil pessoas em três anos.