Provopar expõe artesanato paranaense em Minas Gerais

Considerado o maior evento do setor na América Latina, a 16ª Feira Nacional de Artesanato receberá cerca de 120 mil visitantes e movimentará mais de R$ 20 milhões
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21/11/2005 - 16:20
Editoria
O Provopar Ação Social levou a produção de cerca de 100 artesãos paranaenses para expor na 16ª Feira Nacional de Artesanato, que começa nesta terça-feira (22), no Expominas, em Belo Horizonte. A expectativa é que, até o próximo domingo (27), mais de 120 mil pessoas passarão pela feira, que deve contabilizar R$ 20 milhões em vendas diretas e US$ 600 mil em exportação. Tendo como tema “Índios e o turismo”, os destaques da feira são os bordados, cestarias, tapetes, cerâmicas e panelas de pedra produzidas por várias tribos indígenas brasileiras. “Estamos levando cestarias e bichos esculpidos em madeira pelos índios kainkang e guaranis, inscritos no programa “Artesanato que Alimenta”, através do qual o Provopar troca cestas básicas por peças de artesanato”, informou Iramar Diório Hermógenes, coordenador do setor de artesanato do Provopar. Segundo Lucia Arruda, presidente do Provopar, além dos produtos indígenas, a instituição levou para Belo Horizonte peças em marchetaria, cerâmicas, palha de milho e bananeira, papel machê, vidro, argila, lã de carneiro, sucatas e recicláveis. “Estamos levando o artesão Arlei Lopes, que trabalha com modelagem em cerâmica, para fazer algumas peças para o público durante a feira”, acrescentou. Também acompanha a delegação do Provopar, Agnes Waltraut Laurino, presidente da recém fundada Associação Tibagiana de Artesanato, cujos associados trabalham principalmente com lã de carneiro. “O principal objetivo de sua ida a Belo Horizonte é manter contato com compradores de artesanato, para colocar no mercado a produção de lã de carneiro de Tibagi, na região central do Estado”, disse Lucia Arruda. Feira Nacional – Os organizadores da Feira Nacional de Artesanato, considerado o maior evento do setor na América Latina, acreditam que estarão em exposição mais de 20 mil produtos provenientes dos 27 estados brasileiros e de países como o Quênia, Índia, Peru, Paquistão, Bolívia, Uruguai e Indonésia. Ao todo, 7 mil artesãos participarão do evento, entre eles os índios pataxós, tupinambás (Bahia), fulmi-o (Pernambuco), gavião (Paraíba), apurinã (Acre), além dos guarani e kainkang, do Paraná. Na parte turística, destaque para a réplica da Estrada Real, antiga rota do ouro que ligava Diamantina (MG) a Parati (RJ). Serão mais de 25 mil metros quadrados do mais puro artesanato produzido no país, divididos em três pavilhões. Numa deles, o paralelo, haverá rodadas de negócios nacionais e internacionais; oficinas do fazer artesanal; shows do folclore brasileiro; exposição de turismo ecológico, cultural, religiosos e gastronômico; seminários temáticos. Na parte de shows artísticos, destaque para o desfile da Estação Primeira da Mangueira, encerrando a feira no domingo, cantando “O Brasil feito à mão”.