A catadora de papel Ana Lucia Petrolini recebeu da presidente do Provopar Ação Social, Lucia Arruda, os móveis e utensílios para a sua nova casa, no bairro Parolin, em Curitiba. “Estamos retribuindo o trabalho que ela fez, como voluntária, nos últimos cinco anos. Ela dedicava horas de seu dia para ajudar o Provopar. Hoje, Ana conseguiu uma casa e, como não tinha condições de equipá-la, damos a mobília completa”, disse Lucia Arruda. Para a presidente do Provopar, Ana é exemplo para muita gente, que está acomodada, quando poderia atuar como voluntária do Provopar ou de outras instituições, que sentem falta de mão de obra. “Ela esteve presente em várias ações do Provopar sem nunca ter pedido nada em troca.” Ana ajudava na separação de roupas e calçados durante as campanhas do agasalho. “Não esperava receber nada em troca. Fazia para ajudar os outros”, afirmou. Ana disse que, durante 19 anos, trabalhou como catadora de papel, recebendo, em média, R$ 10,00 a R$ 30,00 por dia, para o sustento das três filhas e do marido, que esteve internado por 15 vezes para se recuperar do alcoolismo. “Ele sofreu uma convulsão e hoje vive numa cadeira de rodas. Era eu quem sustentava a casa. Não tinha tempo ruim, mesmo com frio ou chuva saía para catar papel. Foi assim que estraguei minha saúde”. Cidadã Solidária - No último dia 18, no auditório do Museu Oscar Niemeyer, Ana recebeu das mãos da presidente do Provopar o diploma de Cidadã Solidária. Foram homenageadas 300 pessoas e empresas que contribuíram para o sucesso das ações do Provopar em 2009. Ao mobiliar a casa da voluntária, a presidente do Provopar afirma que é uma forma de retribuir e, ao mesmo tempo agradecer, o importante trabalho que os voluntários prestam ao Provopar. “Ela é uma pessoa que sempre se mostrou pronta para colaborar com o próximo, mesmo sendo uma humilde catadora de papel. Sua atitude é um exemplo para todos nós”.