A presidente do Provopar Ação Social, Lucia Arruda, e o secretário da Justiça e Cidadania, desembargador Jair Ramos Braga, participaram nesta quinta-feira (24), na Penitenciária Estadual Feminina, em Piraquara, da solenidade de entrega de certificado para 50 detentas que concluíram os cursos de artesanato, promovidos pelo programa do voluntariado com o objetivo de capacitar e ressocializar as presas.
A solenidade contou ainda com o coronel Honório Olavo Bertolini, coordenador geral do Depen – Departamento Penitenciário do Paraná, de Valderez Camargo da Silva, diretora da Penitenciária Feminina, major Raul Leão Vidal, diretor da Penitenciária Central do Estado, Rita de Cássia Rodrigues Naumanni, diretora da Casa de Custódia de Curitiba, e Vera Lucia Silano Santos, diretora do Patronato Penitenciário do Paraná, e Iramar Diório Hermógenes, coordenador de artesanato do Provopar.
“A realização destes cursos demonstra a nossa preocupação constante em dar aos presos a oportunidade de estudar e fazer cursos profissionalizantes, para que, quando sair daqui, possa se inserir na sociedade. Aliás, a sociedade espera que, depois de cumprirem as penas, as detentas possam voltar melhor do que quando entraram aqui”, disse ao abrir a solenidade o coronel Honório Bertolini.
Lucia Arruda acredita que, além voltar mais preparada para seu lar, a detenta vai poder exercer a profissão de artesã e tirar dela o seu sustento. Ao mesmo tempo revelou que, enquanto elas estiverem presas, toda a produção será vendida nas lojas do Provopar (Aeroporto Afonso Pena, rua Cruz Machado 64 e Parque Estadual de Vila Velha) e a renda colocada numa poupança para as presas. “Assim, quando retornarem aos seus lares, elas poderão investir na confecção de novas peças. Portanto, o Provopar está dando uma nova profissão para as presas”, acrescentou.
A presidente do Provopar fez questão de agradecer as presas “pela oportunidade que nos deram para ajudá-las e pela vontade que demonstraram durante a realização do curso” e revelou que novos cursos serão realizados ainda este ano. “A novidade é que pretendemos dar a mesma oportunidade para as agentes penitenciárias, que respeitando a escala de trabalho vão poder fazer os cursos de artesanato”.
Já o secretário de Justiça destacou a cooperação do Provopar no trabalho de educação dos presos do sistema penitenciário paranaense. Ele lembrou que o Governo do Estado tem por obrigação ressocializar os presos, para que “ao cumprirem suas penas possam ser úteis e estarem a disposição da sociedade. Acreditamos que, com esses cursos, as presas terão uma fonte de renda e deixarão a vida de crimes”.
Em seguida, as alunas Sônia Prosdócimo e Eluir Vally fizeram homenagem aos professores Risolete Bendlin, de cerâmica artística, Javier Guerrero Meza, de mosaico, e Claudia Loureiro Guimarães, de cestaria de jornal. “Os professores tiveram a maior paciência com a gente. Mas com o passar do tempo fomos descobrindo nossos talentos ocultos e começamos a dar asas a nossa imaginação. Com eles aprendemos as técnicas e principalmente uma profissão para ganhar a vida honestamente”, concluiu Eluir.