Provopar e entidade levam roupas e agasalhos para moradores de favela

As roupas foram doadas pela comunidade, através da Campanha do Agasalho, e repassadas a instituição, para atender 70 famílias carentes da periferia de Curitiba
Publicação
20/06/2008 - 17:20
Editoria
A coordenadora de Ação Social do Provopar, Iva Sandra de Morais, acompanhou a entrega de roupas e agasalhos feita pela Casa da Criança São José, localizada no Bairro Cajuru, a 70 famílias carentes do Jardim Acrópole II, na periferia de Curitiba. As roupas foram doadas pela comunidade, através da Campanha do Agasalho, e repassadas a instituição, que faz um importante trabalho de assistência social em bairros e favelas. Maria de Lourdes Oliveira, coordenadora da Casa da Criança São José, conta que a instituição recebeu 120 cobertores e 15 fardos de roupas usadas, cada um com 15 quilos, do Provopar. “Decidimos ficar com 40 cobertores para uso das crianças da creche e repassamos o restante para as famílias, que vinham sofrendo muito com o frio”, disse. Segundo ela, as famílias foram cadastradas por uma equipe que esteve no local para verificar a situação de cada um. “São famílias que vivem na miséria, a beira do rio, em barracos que estão a ponto de desabar. Enfim, totalmente desassistidas”, acrescentou. A coordenadora acredita que, através da parceria com o Provopar, será possível “melhorar a vida dessas pessoas”. Viviane Gonçalves, 24 anos, ficou contente com a doação, que “chegou numa boa hora. Agora, vou poder vestir e agasalhar meus três filhos”. Ela e o marido trabalham como catadores de papel e o que ganhar é insuficiente para manter a família. “Não sobrava dinheiro comprar cobertas. Gostei do presente”. Paulo Sergio da Silva Souza e a mulher Hélia Aparecida Pereira ganham cerca de R$ 300,00 por mês na coleta de papel e resíduos recicláveis. O dinheiro é insuficiente para comprar roupas e agasalhos para o casal e três filhos. “Na noite de frio, a gente colocou os filhos nos pés de nossa cama, para aproveitar melhor os cobertores. Ficamos todos embolados. Agora, vai dar pra colocar as crianças em outra cama”, afirmou Paulo Sergio. Casa da Criança São José – A instituição atende 160 crianças e adolescentes, de zero a 14 anos, em sua creche no bairro Cajuru. Outras 55 crianças são atendidas no contra-turno escolar, para reforço das matérias. Com o apoio do banco HSBC, a Casa da Criança está implantando o Projeto 4 Elementos. “O primeiro elemento é a água. Estamos fazendo a captação da água da chuva em duas cisternas com capacidade total de 12 mil litros. Esta água é usada para lavar a louça, descargas e limpezas em geral”, revelou Maria de Lourdes. O segundo elemento é a terra. A instituição promove oficinas para que os pais aprendam sobre sementeira e composteira de resíduos para a horta. Ao todo, 20 pais participam desta etapa do programa. O módulo da luz é o próximo a ser implantado. “A idéia é captar a energia solar e, por meio de garrafas petis, promover o aquecimento da água. E, por último, temos o módulo é feito o aproveitamento de madeira usada doada pela comunidade, para a fabricação de estantes, armários e mesas. Nosso projeto prevê a implantação de uma mini marcenaria”. A Casa da Criança São José é pioneira na implantação de cozinha comunitária, com o apoio do Provopar e do programa Fome Zero, do governo federal. Atualmente, 5 mães trabalham na cozinha e outras 25 em média fazem os cursos de reutilização de alimentos, tortas e doces promovidos pela instituição.