Projetos de incentivo a piscicultura já beneficiam mais de 60 municípios

Resultados da Rede Paranaense de Pesca serão apresentados, nesta segunda-feira, às secretarias de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da Agricultura
Publicação
22/06/2007 - 14:38
A Rede Paranaense de Pesca já beneficia mais de 60 municípios, com investimentos de R$ 22 milhões da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior/Fundo Paraná. Segundo Luiz de Souza Viana, da Emater-PR, 80% dos projetos estão em fase adiantada de execução. A Rede foi criada em 2003, pelo Governo do Estado, e conta com 13 instituições e mais de 20 pesquisadores. Nesta segunda-feira, os coordenadores dos projetos apresentam os resultados para a secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto, e para o secretário da Agricultura, Valter Bianchini. No litoral, os dois principais projetos para desenvolvimento de tecnologia são para a produção de sementes de ostras em laboratório (que vai atender cerca de 400 famílias de pescadores e evitar a extração predatória); para a produção de alevinos de robalo peva (centropomus paralelus), de formas jovens de caranguejo uçá (ucides cordatus) e de pós-larvas de camarão branco (penaeus schmitii), para repovoamento das baías. A rede também faz o lançamento de armadilhas antiarrasto e de recifes artificiais em zonas próximas à orla marítima. Viana também destaca a execução do Censo da Pesca Artesanal, que aplicou cerca de 6.500 questionários em sete municípios da região (Morretes, Guaratuba, Pontal do Paraná, Paranaguá, Matinhos, Guaraqueçaba e Antonina). Segundo ele, em breve, esse banco será colocado à disposição da comunidade científica, de estudantes, prefeituras e representações dos pescadores. No Mercado de Peixes de Paranaguá já foram instalados quatro módulos de depuração de moluscos (ostras e mexilhões) e quatro no Mercado Municipal de Guaratuba. Outras duas unidades serão instaladas ainda em Guaraqueçaba, nas comunidades do Costão e Almeida. Interior – No interior do estado, conforme explicado por Viana, os projetos desenvolvidos tratam basicamente do repovoamento de rios e represas com espécies como a piapara (leporinus elongatus), pacu (piaractus mesopotamicus), curimba (prochilodus lineatus), surubim do iguaçu (steindachneridion melanodermatum), jundiá (rhamdia sp) e lambari (astyanax sp). “O reforço do estoque dos peixes permitirá a subsistência das comunidades de pescadores”, afirma. “No Oeste e Sudoeste do Paraná, os projetos mais importantes estão relacionados à certificação do sistema de produção de tilápia em viveiros escavados”. Também estão sendo implantados um frigorífico-escola e uma fábrica de ração, envolvendo mais de 180 piscicultores em nove municípios, em parceria com a Unioeste, para produção de almôndegas, quibes, macarrão, sopas, entre outros itens que vão compor a merenda escola das escolas municipais. A Rede Paranaense da Pesca ainda está construindo, reformando e ampliando 15 laboratórios de universidades e adquirindo 14 veículos e oito lanchas para uso no mar e em rios.