Projetos de exploração do xaxim e do bambu têm boa acolhida em Brasília

Paraná pode se transformar em parceiro da China para receber tecnologia no aproveitamento do bambu
Publicação
12/01/2006 - 16:59
Editoria
O Paraná poderá ganhar brevemente duas fontes de trabalho e renda com a industrialização do xaxim e do bambu. Os dois projetos foram entregues na última quarta-feira (11) em Brasília, com grandes possibilidades de serem implantados, em curto prazo. “Tivemos excelente acolhida. No caso do bambu, poderemos assumir a parceria oferecida ao Brasil, pelo governo da China, que nos possibilitará assimilar a tecnologia que aquele país tem no aproveitamento do produto”, ressaltou o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Padre Roque Zimmermann, que apresentou as idéias, pessoalmente, aos ministérios do Meio Ambiente e da Saúde. Remédio – O projeto para o desenvolvimento de um medicamento contra a asma, a partir da folha do xaxim, foi elaborado pelo paranaense Elzo Ferreira, em parceria com a Universidade Federal do Paraná. Sua aprovação vai depender agora da análise do Ministério da Saúde e poderá ganhar incentivo federal. Como o princípio ativo do medicamento está presente na folha do xaxim, a fabricação do remédio não compromete o desenvolvimento da planta. Assim, poderá se estimular a produção em alta escala do xaxim, que hoje está praticamente extinto, rendendo bons lucros para seus cultivadores. Bambu – O outro projeto já é desenvolvido na Região Metropolitana de Curitiba, em parceria com a prefeitura de Colombo e a Fundação Herbarium de Saúde e Pesquisa. Ele estimula o cultivo e uso do bambu nos moldes do associativismo e da Economia Solidária, transformando a planta em matéria-prima para a produção de móveis, artigos para construção civil, tecidos, artesanato, alimentos e produtos de decoração. “É outra excelente fonte de emprego e renda e que começa praticamente do marco zero”, destaca Padre Roque. O secretário espera que, em curto espaço de tempo, os ministérios aprovem a execução dos projetos e enviem os incentivos necessários. Em princípio, ambos foram aprovados e devem ter acelerados seus processos de execução. “Estamos muito otimistas com a receptividade, especialmente porque estes dois projetos serão geradores de emprego e renda, estimulando um segmento praticamente inexplorado e que poderá garantir bons lucros a famílias pobres do Paraná”, finalizou.