Municípios com mais de 15 mil habitantes e que não possuem uma unidade do Corpo de Bombeiros passarão a contar com agentes da Defesa Civil, preparados para dar o primeiro atendimento em incêndios e eventos naturais, como vendavais e tempestades. Essa iniciativa, adotada pelo Governo do Estado, é inédita no país e começa a ser implantada em Prudentópolis, região Sul do Paraná. Serão investidos R$ 8,5 milhões até o próximo ano. O programa vai funcionar através da parceria entre o Governo do Estado e prefeituras, por meio da Defesa Civil estadual e municipal. O Governo equipará o município com um caminhão auto-bomba-tanque (ABT), equipado para combate a incêndios, que ficará à disposição 24 horas. O caminhão contará também com equipamentos que permitem atendimento emergencial a, por exemplo, destelhamento de casas provocados por vendavais ou chuvas fortes, além de instrumentos de comunicação para chamar apoio, se necessário. “Em contrapartida, a prefeitura disponibiliza no mínimo três funcionários que ficarão responsáveis pela manutenção e operação do equipamento”, esclareceu o major Anselmo de Oliveira, chefe da Casa Militar e coordenador estadual da Defesa Civil. O agente será treinado pelos bombeiros para operar os equipamentos com segurança e precisão, além de receber instruções dos procedimentos adequados a cada situação. O município também deverá prover um abrigo adequado ao veículo e as ações serão coordenadas pelo Conselho Municipal de Defesa Civil (Comdec). Piloto – Essa é a primeira fase do projeto que pretende expandir o serviço de bombeiro. Segundo o prefeito de Prudentópolis, Gilberto Agibert Filho, o projeto atende as exigências de segurança da cidade. Agibert afirmou que vai disponibilizar, primeiramente, seis funcionários da prefeitura para se tornarem agentes da Defesa Civil. “Toda a estrutura, física ou humana que for necessária, será cedida pela prefeitura para a realização deste projeto”, informou o prefeito. Agibert explicou que nos municípios das dimensões de Prudentópolis há muitas ocorrências de incêndio na beira das estradas e em pequenas propriedades rurais. “Há uma carência deste tipo de atendimento nas pequenas cidades e este projeto vem ao encontro de todos os interesses da população”, afirmou ele. Nos casos em que os acidentes, com existência de fogo ou não, tomam proporções maiores, o agente chama apoio da Polícia Militar e da Comdec, que chama os órgãos que poderão ajudar no atendimento, como reforço de bombeiros, ambulâncias e voluntários.