Uma parceira firmada entre a Secretaria estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o Fundo Paraná e a Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (Fepe), vai ampliar o teste do pezinho para outras doenças, por meio da técnica de espectrometria de massa aplicada na triagem neonatal.
José Alcides Maltron, presidente da Fepe, que é a responsável pela realização do teste no Paraná, disse que com a implantação deste projeto espera-se identificar 32 doenças de origem metabólica e propiciar a melhora significativa dos diagnósticos laboratoriais, das intervenções terapêuticas, assim como do aconselhamento genético às famílias paranaenses, entre outras aplicações. Os investimentos do governo ultrapassaram os R$ 730 mil para compra de equipamentos.
Maltron destacou a importância deste projeto ao afirmar que pela metodologia tradicional “identificávamos apenas quatro doenças, agora com essa nova tecnologia para espectrometria, será possível detectar mais de 30, apenas com a coleta de uma gota de sangue do calcanhar do recém-nascido”.
A Fepe foi a primeira filantropia do Brasil a realizar a triagem de 32 doenças genéticas por meio de um aparelho denominado espectrômetro de massa. Hoje mais de 60% das crianças atendidas em escolas especiais não têm diagnóstico sobre o motivo que gerou o retardo mental. Através dele será possível, tratar inúmeras doenças, assim como prevenir complicações futuras.
Segundo a especialista Marli Marcon, coordenadora do projeto, o teste deverá prevenir seqüelas da fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, e outras hemoglobinopatias. Ainda de acordo com Marli, essas são doenças congênitas, hereditárias, que, se diagnosticadas e tratadas precocemente, possibilitam o desenvolvimento normal das crianças afetadas, prevenindo o retardo mental e outras conseqüências.
O teste é gratuito e obrigatório. No Paraná, a Fepe, entidade filantrópica credenciada pelo Ministério da Saúde, é vista como serviço de referência em triagem neonatal. A coleta de sangue para o teste deve acontecer preferencialmente antes do bebê completar 48 horas de vida. O próximo passo da entidade é conseguir que o Sistema Único de Saúde (SUS) financie também a realização do teste ampliado. Hoje o SUS cobre apenas o método tradicional.
Projeto no Paraná amplia número de diagnósticos pelo teste do pezinho
Hoje mais de 60% das crianças atendidas em escolas especiais não têm diagnóstico sobre o motivo que gerou a doença
Publicação
19/11/2007 - 17:40
19/11/2007 - 17:40
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