A extensão da Ferroeste, que liga Guarapuava, na região central do Paraná, a Paranaguá, foi considerada o melhor investimento em infra-estrutura ferroviária do Brasil. Nesta quinta-feira (21), o projeto de viabilidade técnica será apresentado ao Ministério dos Transportes, para que possam ser discutidas estratégias de financiamento para construção do trecho. De acordo com o diretor-presidente da companhia, Samuel Gomes, a obra pode ser financiada pelo BNDES e ou iniciativa privada, uma vez que já existem investidores privados interessados no projeto, que tem um custo estimado em R$ 985 milhões.
“A importância desse trecho é fundamental para a economia do Paraná, uma vez que reduzirá significativamente os custos logísticos da produção agrícola, tornando os produtos da região mais atrativos”, explica Samuel Gomes. Outro fator relevante, e uma das razões de ter sido apoiado pelo Governo Federal, é a obra estar inserida na estratégia de incremento do modal ferroviário brasileiro, assegurada no Plano Nacional de Transportes (PNLT) e Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Segundo Gomes, não há como o Brasil se desenvolver sem uma alternativa de transporte barato, que atenda à demanda de escoamento da produção e industrialização nas regiões do interior do País. “A Ferroeste é a única ferrovia e operadora pública do país, capaz de oferecer fretes mais baixos e subsidiados aos pequenos e médios produtores, uma vez que esta é a sua função primordial, ou seja, contribuir com logística de desenvolvimento econômica e social brasileira, gerando riqueza para o País.”
PRODUÇÃO – A construção do novo trecho solucionará um gargalo de escoamento da produção, reduzindo a atual distância entre Guarapuava e Paranaguá em 125 quilômetros. Isto representa uma redução de oito dias, para cerca e 36 horas, melhorando a exportação de uma série de produtos, através do Porto de Paranaguá.