A Copel e a Eletrosul, empresas que integram o Consórcio Cruzeiro do Sul, responsável pela construção da Usina Hidrelétrica Mauá, no rio Tibagi, apresentaram nesta sexta-feira (19), em Londrina, os detalhes do projeto de implantação do empreendimento. O seminário, promovido pelo Ceal – Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina, reuniu ambientalistas e representantes do consórcio a fim de prestar esclarecimentos sobre o histórico de licenciamento e leilão da obra e seus impactos.
O evento também foi oportunidade para que se apresentassem publicamente, pela primeira vez, os estudos de impacto ambiental solicitados pelo IAP – Instituto Ambiental do Paraná para atender as recomendações constantes do EIA/Rima do empreendimento e os requisitos da Licença Prévia de Instalação.
“Este evento reflete o compromisso do consórcio com uma atitude de transparência em todo o processo de implantação da Usina de Mauá no Rio Tibagi”, afirmou Sérgio Luiz Lamy, presidente do Consórcio Energético Cruzeiro do Sul. “Pudemos mostrar que o empreendimento é muito importante para o Paraná e para o país, e que todos os impactos de ordem social e ambiental receberam propostas de medidas mitigatórias e, onde estas não forem possíveis, de medidas compensatórias”.
RESULTADOS - Sob coordenação do Lactec, os estudos socioambientais resultaram em quatro documentos que reúnem as ações a serem tomadas pelo Consórcio para mitigar ou compensar os impactos decorrentes da obra. O Projeto Básico Ambiental (PBA), o Relatório de Atendimento aos Requisitos da LP e o Termo de Acordo para Indenização aos Atingidos estão disponíveis para consulta no site da Copel (www.copel.com). Já os Estudos Socioambientais nas Terras Indígenas de Queimadas e Mococa foram entregues à Funai e serão apresentados, primeiramente, às comunidades indígenas.
Além dos estudos e projetos socioambientais do empreendimento, especialistas de diversas áreas apresentaram os projetos básicos de engenharia civil e eletromecânico da UHE Mauá. O evento também contou com a presença do diretor de Estudos da Energia Elétrica da Empresa de Pesquisa Energética – EPE, José Carlos de Miranda Farias, que traçou um panorama do processo de planejamento energético no Brasil e as ações que vêm sendo tomadas pelo Ministério de Minas e Energia e concessionárias do setor elétrico para redução da demanda no país.
“Com seus 362 MW de energia, a Usina Hidrelétrica de Mauá é extremamente importante para o parque gerador brasileiro, pois lida com uma energia renovável, produzida a partir de bens e serviços nacionais e de forma ambientalmente sustentável, com a adoção de todas as medidas de controle ambiental exigidas a um empreendimento deste porte”, disse Farias.
Em resposta a questionamentos sobre o tratamento que será dispensado às populações atingidas pelo empreendimento e aos impactos ambientais da obra, o diretor-presidente da Copel, Rubens Ghilardi, citou as quatro usinas hidrelétricas construídas pela Copel no Rio Iguaçu como exemplo de respeito aos direitos das comunidades ribeirinhas e ao meio ambiente nos projetos da concessionária. “Quem conhece as obras que a Copel executou, sabe que ela tem uma preocupação muito grande com o meio ambiente e com as populações residentes nas áreas de barragem. Se houver alguma irregularidade no processo de instalação, a Copel será a primeira a corrigir.”