Trocar os lápis e cadernos pelas pranchas e roupas de borracha. Esse é o destino dos estudantes que participam da primeira etapa do Circuito do Surf na Escola, que acontece neste sábado (5) em Matinhos (Litoral do Paraná). Os participantes são alunos do projeto Surf na Escola, que integra o programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, desenvolvido nas escolas municipais Walace Tadeu de Mello e Monteiro Lobato, numa parceria entre a Federação Paranaense de Surf, Paraná Esporte e Governo Federal. Participarão também alunos das escolas estaduais Sertãozinho, Oito de Março e Abigail dos Santos Correia.
O presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, comemora a realização do evento. “Quando iniciamos a parceria para fazer do surf do Paraná um exemplo para o Brasil, já prevíamos que chegaríamos nesse nível. Mais do que revelar talentos, estamos utilizando o esporte como uma ferramenta de socialização”, afirma Gomyde. Durante a competição haverá uma gincana ecológica, em que todos vão ajudar a tirar o lixo da praia. Implementado há um ano e meio, o Surf na Escola tem 500 alunos.
Segundo o presidente da Federação Paranaense de Surf, Antônio Barbosa, o objetivo da competição é integrar os atletas e mostrar à população os resultados do projeto. “Mais do que formar surfistas, estamos ajudando a formar cidadãos em nossas escolas”, afirma. “Para se inscrever no campeonato, os alunos tiveram que apresentar trabalhos que tinham como tema meio ambiente, cidadania e importância da água”, acrescenta.
Empresas que atuam no mercado do surf, como Sumatra, Xboards, VI Fiberglass e Mormaii, estão apoiando o circuito com a premiação. “O campeão de cada categoria, 12 anos e 14 anos, receberá além de pranchas e outros produtos, um patrocínio para correr o circuito paranaense”, destaca Barbosa. No comando do projeto, estão os professores Luis Fernando Martins e Piero Rodigheri e os instrutores Péricles Dimitri, atual campeão paranaense profissional, Samuka da Barra e Fernanda Daichthman, sob a supervisão de Barbosa.