Projeto Armazém Brasil é apresentado no Conselho de Desenvolvimento da Agricultura Familiar

O Conselho também aprovou formação de grupo especial para auxiliar comercialização de feijão que está enfrentando dificuldades
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15/04/2009 - 17:23
Editoria
O avanço do programa Armazém Brasil/Alimenta Paraná foi apresentado ao Conselho de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Cedraf) que se reuniu nesta quarta-feira (15) na sede do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Estão previstos investimentos entre R$ 70 milhões a R$ 80 milhões para instalação de cinco armazéns na RMC neste ano de 2009 e 2010. Os recursos são do governo federal, governo estadual e das prefeituras, originários de empréstimos e dotações orçamentárias. Os municípios contemplados com os armazéns serão Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Pinhais e São José dos Pinhais. Segundo a arquiteta da Secretaria do Desenvolvimento Urbano (Sedu) Sandra da Silva, os municípios já doaram os terrenos e os projetos estão em execução. De acordo com o secretário da Agricultura e do Abastecimento e presidente do Cedraf, Valter Bianchini, esse programa restabelece o conceito de Armazém da Família, criado no primeiro governo de Roberto Requião que atende os consumidores de baixa renda. A idéia é canalizar as compras dos mercados da agricultura familiar e da agricultura orgânica para esses mercados, disse o secretário. Bianchini lembrou que o sucesso desses empreendimentos é que eles tenham vida e não sejam apenas espaços físicos. Para isso, os armazéns estão sendo concebidos em módulos onde podem ser acrescentados espaços para mercado de produtores, salas de eventos e praças de alimentação. “As possibilidades são grandes e dependem também das parcerias com as prefeituras”, acrescentou. Após a implantação dos armazéns, o programa Armazém Brasil/Alimenta Paraná prevê ações para o varejo, com consumidores, e para o atacado para que as associações de produtores, cooperativas ou permissionários possam atuar, desde que garantam a compra da agricultura familiar, ressaltou o secretário. A idéia também é estabelecer uma rede de comercialização para evitar unidades isoladas. FEIJÃO - Na reunião desta quarta-feira, o Cedraf aprovou a criação de um grupo técnico que vai estudar e apontar políticas alternativas para a comercialização do feijão que está enfrentando dificuldades. O feijão é um dos principais produtos cultivados no Estado e os preços caíram à metade desde o final do ano passado. A saca de feijão que era vendida por R$ 120,00 em dezembro de 2008 caiu para cerca de R$ 60,00 a saca. O grupo que será formado por representantes da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Conab, Iapar e Emater irá avaliar também a implantação de uma câmara setorial de feijão no Paraná que deverá se integrar com a câmara setorial do produto já existente no Ministério da Agricultura. O objetivo é amparar o mercado e valorizar a produção com qualidade no Estado.

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