Duas propostas do governo do Paraná – a utilização de materiais alternativos na construção de obras públicas e o uso de técnicas de reaproveitamento na conclusão de obras paralisadas – foram incluídas na “Carta de Florianópolis”, documento de conclusão do II Fórum de Engenharia Pública do Extremo Sul, que terminou sexta-feira na capital catarinense. Os dois projetos da Secretaria de Obras Públicas do Paraná serão adotados pelos governos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, face aos resultados positivos que vem apresentando em nosso Estado.
O secretário de Obras Públicas, Luiz Dernizo Caron, fez uma exposição para uma platéia formada por secretários, diretores e engenheiros de área pública sobre a tecnologia que será utilizada para a reforma do prédio abandonado da praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico. A estrutura do prédio do antigo Fórum de Curitiba será recuperada de forma simples e criativa, anulando a tendência de movimento das lajes e da torção de longarinas, proporcionando o reaproveitamento da peças que serão retiradas, sem desperdício e com reutilização de outras obras públicas.
Alternativo - Já o programa de desenvolvimento de materiais alternativos para construção de obras públicas foi apresentado pelo diretor-geral da SEOP, Nilson Pohl, como uma solução para o meio-ambiente, possibilitando a geração de emprego e renda, além de uma redução do custo das obras públicas. A primeira experiência feita pela Secretaria foi com a cobertura da Biblioteca Pública do Paraná, que recebeu uma cobertura de telhas confeccionadas a partir de embalagens de longa vida. Outros materiais que estão sendo experimentados são telhas de tubos de pasta de dente, conduítes produzidos com embalagens de agrotóxicos, tijolos de sobras de construção civil, tapumes de resíduos de plástico e madeira, divisórias de poliuretano utilizado em geladeiras, dentre outros.
O programa envolve parcerias com as Secretarias Estaduais do Meio Ambiente, Relações com a Comunidade, Emprego, Trabalho e Promoção Social, Indústria, Comércio e Relações com o Mercosul, além do Tecpar e Universidade Federal do Paraná (Setor de Tecnologia). A partir da apresentação dos projetos, os organizadores do II Fórum decidiram recomendar a utilização dos mesmos em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.