Programa interfere na realidade de comunidades expostas à violência


Criado para superar o ciclo de violências contra a criança e o adolescente, o Programa Atitude é uma iniciativa governamental que visa dar oportunidades de esporte, cultura, lazer e qualificação profissional aos jovens e garantir proteção às crianças e adolescentes
Publicação
30/10/2009 - 19:17
Editoria
O Programa Atitude, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Criança e da Juventude em parceria com dez municípios paranaenses, completa oito meses com uma série de conquistas e resultados nas 34 comunidades onde o está sendo executado. Criado para superar o ciclo de violências contra a criança e o adolescente, o Programa é uma iniciativa governamental que visa dar oportunidades de esporte, cultura, lazer e qualificação profissional aos jovens e garantir proteção às crianças e adolescentes. Foi proposto devido à necessidade de intervenção sobre os fatores de risco à violência, no sentido de consolidar uma rede de proteção à criança e ao adolescente formada entre todas as esferas governamentais, organizações não-governamentais e demais setores da sociedade civil. Entre os resultados práticos nas comunidades, percebe-se um grande avanço no fortalecimento da rede de proteção e na mobilização da comunidade em busca de soluções para os problemas locais. O Programa Atitude tem garantido o acesso aos serviços de saúde, educação e assistência social para crianças, adolescentes e famílias em situação de vulnerabilidade social. Nos levantamentos realizados pelas equipes técnicas, os 34 núcleos do Programa apresentaram diagnósticos bem peculiares, mas com alguns problemas comuns como são gravidez na adolescência, dependência química, dificuldades nas relações familiares e a dificuldade de vinculação do adolescente na escola. “O Atitude tem sido uma experiência positiva em vários sentidos, principalmente na articulação entre Estado e municípios, entre as diversas políticas setoriais, entre os vários atores da comunidade buscando o mesmo objetivo: proteger as crianças e dar oportunidades aos jovens”, destaca a coordenadora estadual do Atitude, Aline Pedrosa Fioravante. O trabalho das equipes técnicas vem procurando atender estas demandas através da realização de oficinas de cultura, esporte e lazer, a discussão sobre o adolescente e seu território, grupo de mães, grupo de orientação a pais realizados nas escolas, oficinas de geração de renda para as famílias, atividades de lazer nos bairros – cinema, recreação –, entre outras ações. Através dos fóruns comunitários, o programa tem possibilitado espaços de participação para moradores e lideranças comunitárias na formulação de estratégias de trabalho e aumentando a integração entre as próprias lideranças em busca de soluções para problemas comuns. Em Piraquara, por exemplo, ocorrem reuniões mensais entre moradores e representantes da rede de serviços para discutir temas como gravidez na adolescência, uso de álcool e drogas e permanência do aluno na escola. Em Ponta Grossa e Sarandi, uma das ações que envolvem a comunidade é o Cine Atitude, com a projeção de filmes e espaço para debates sobre o tema do filme. No município de São José dos Pinhais são organizadas oficinas para produção de sabão em pedra e culinária, direcionadas às mães de família. Além de ser uma oportunidade de geração de renda, a integração entre as mulheres permite a troca de experiências sobre a educação dos filhos e outros assuntos pertinentes à realidade local. Em Cambé, com recursos do programa, foram construídos e reformados espaços multiuso para realização das atividades do programa, além de oficinas de informática direcionadas às crianças e adolescentes. Já em Colombo, o que tem atraído o público infanto-juvenil são as oficinas de informática, artesanato e culinária. A oficina de iniciação musical também tem tido grande procura, pois abre espaço para os adolescentes se candidatarem a integrar a Banda Marcial de Colombo. Foz do Iguaçu, na região da Tríplice Fronteira, desenvolve uma série de trabalhos voltados ao tema sexualidade e superação do ciclo de violências. As oficinas de sexualidade, que abordam questões como prevenção, cuidados com a saúde, relacionamento interpessoal e valorização das diferenças, atraem um grande número de adolescentes.

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