Programa do Provopar é selecionado para a final do Prêmio Rodrigo Melo

O programa “Artesanato que Alimenta” promove a troca de cestas básicas por artesanato indígena em 23 aldeias de 22 municípios paranaenses
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19/06/2009 - 11:40
Editoria
O programa “Artesanato que Alimenta”, do Provopar Ação Social, foi escolhido pela comissão regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão vinculado ao Ministério da Cultura, para disputar a fase final da 22ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade. O prêmio foi criado em 1987, em reconhecimento a ações de proteção, preservação e divulgação do patrimônio cultural brasileiro. Seu nome é uma homenagem ao primeiro dirigente do Iphan. O programa criado por Lucia Arruda, presidente do Provopar, em agosto de 2005, com o objetivo de promover a troca de cestas básicas por artesanato indígena em 23 aldeias, em 22 municípios paranaenses. A princípio, o Provopar contou com a parceria de uma grande rede de supermercados, que depois de vendida para um grupo norte-americano não renovou o convênio. Assim, a partir de 2007, o programa foi bancado integralmente pelo próprio Provopar, que distribuía em média 1,1 mil cestas básicas por mês. Com o artesanato arrecadado junto às aldeias, o Provopar montou 2,1 mil kits indígenas, composto por peças de artesanato, CD multimídia com cânticos sagrados guaranis, um DVD com informações sobre os povos indígenas (kaingang, guarani e xetá), além do livro “Memória, Presença e Horizontes”. O kit foi entregue para as 2.007 escolas estaduais e todos os museus paranaenses, com o objetivo de difundir e preservar a cultura e os costumes indígenas. “A soma de tudo isto foi responsável pela escolha do programa para disputar a fase nacional do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade”, afirmou Iramar Diório Hermogenes, coordenador de artesanato do Provopar. Segundo ele, os vencedores da fase nacional serão anunciados no mês de julho, juntamente com a data e local onde acontecerá a cerimônia de entrega das premiações. O prêmio é constituído de troféu, certificado e R$ 20 mil. Além do programa “Artesanato que Alimenta”, escolhido na categoria Divulgação, o Paraná será representado pelos projetos “Descobrindo o MAE”, que faz parte do Programa de Preservação do Patrimônio Histórico da Universidade Federal do Paraná, na categoria Educação Patrimonial; e Ações de Salvaguarda, da Associação de Cultura Popular Mandiquera, na categoria Salvaguarda de Bens de Natureza Imaterial. O prêmio - Lançada pelo Iphan, a 22ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade conta com a participação de empresas, instituições e pessoas de todo o país, inscritas até maio último nas superintendências regionais do Instituto. Os candidatos apresentaram as ações em forma de dossiê, agregando elementos iconográficos, audiovisuais e outros materiais ilustrativos. As ações foram pré-selecionadas por comissões constituídas nas superintendências regionais do Instituto, compostas por representantes das diferentes áreas culturais da região, presididas pelos superintendentes regionais. A partir disso, as ações selecionadas serão analisadas pela Comissão Nacional de Avaliação, formada pelo presidente do Iphan e por representantes de instituições do governo federal e outras entidades ligadas à preservação do patrimônio cultural.

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