O Programa de Erradicação, Controle e Monitoramento de Espécies Exóticas Invasoras do Paraná foi o destaque desta terça-feira (22), em Curitiba, no VI Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação. O programa, inédito no Brasil, foi tema do painel “Políticas públicas e ações práticas para contenção de invasões biológicas no Paraná”, apresentado pelo diretor de biodiversidade e áreas protegidas, João Batista Campos.
Campos destacou o trabalho do Governo Estadual na proteção das Unidades de Conservação. “As espécies invasoras sempre foram tratadas no Paraná como um problema sério, mas só a partir de 2005, através da portaria 095, que pudemos criar mecanismos de controle imediato e, principalmente, um plano de monitoramento eficaz. Cito como exemplo, nossas lutas no Parque de Vila Velha e no Parque do Monge”, afirmou.
“Em 2007, o Paraná deu mais um passo para se tornar exemplo com a publicação da lista de espécies invasoras vegetais e animais. Daí, todos perceberam que as espécies invasoras são uma grande ameaça à biodiversidade e ocupam os espaços das espécies nativas. Percebemos que se tratava de uma opção – ou protegíamos as espécies nativas ou as invasoras”, completou.
No Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), em parceria com a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal do Paraná, realizou um trabalho de 70 dias, onde foram retiradas mais de 500 mil árvores de pinus. Já o Parque Estadual do Monge, na Lapa, ficou fechado para revitalização e remoção de espécies exóticas invasoras que estavam ameaçando a vegetação nativa.
Além do sucesso em todo o Paraná, o programa é respeitado nacional e internacionalmente e, segundo Silvia Ziller, coordenadora do Programa de Espécies Invasoras para a América do Sul da ONG “The Nature Conservancy”, deve ser exemplo para outros estados brasileiros. “O programa por ser pioneiro no país e oferecer uma visão avançada deve ser replicado pelos outros estados do Brasil”, salientou.
Denise Monsores, representante do Parque Municipal Chico Mendes do Rio de Janeiro, comparou as diferenças entre os planos carioca e paranaense. “Percebi que existem muitas diferenças entre os programas, entre os quais, a listagem das espécies invasoras. No Rio, a restinga é uma espécie invasora e aqui no Paraná, pelo contrário, é uma vegetação protegida por lei”, disse.
Programa de espécies invasoras do Paraná é destaque em Congresso
O programa, inédito no Brasil, foi tema do painel “Políticas públicas e ações práticas para contenção de invasões biológicas no Paraná” apresentado em Curitiba no VI Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação
Publicação
22/09/2009 - 18:38
22/09/2009 - 18:38
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