Programa de escolarização do funcionalismo será estendido para o interior

Decreto assinado pelo governador Roberto Requião vai proporcionar que 22 mil servidores estaduais concluam o ensino básico
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28/04/2005 - 14:40
Editoria
O Programa de Escolarização do Servidor, que atualmente atende cerca de 200 funcionários públicos do Estado em Curitiba, será estendido para o interior do Paraná. O decreto que formaliza um convênio entre as Secretarias da Administração e da Previdência (Seap) e a da Educação (Seed), e estabelece regras para a expansão do programa, já foi assinado pelo governador Roberto Requião. O próximo passo será dado pela Escola de Governo (vinculada à Seap) e pela Seed. As duas instituições irão montar um projeto de como colocar o “Escolarização” em prática no maior número possível de municípios. A regionalização do programa deverá seguir a divisão do estado nos Núcleos Regionais de Educação. A Escola de Governo já fez um levantamento prévio de quantos servidores poderiam ser abrangidos: cerca de 22 mil em todo estado, funcionários que não terminaram nem ensino fundamental, tampouco o ensino médio. O Programa de Escolarização tem como objetivo principal fazer com que todo o quadro de funcionários tenha o chamado ciclo básico (fundamental e médio) concluído. O que é – O Programa de Escolarização do Servidor foi implantado em fevereiro do ano passado, por meio de uma parceria entre as secretarias da Administração e a da Educação. Outras 17 instituições do Poder Executivo estadual colaboram, indicando, estimulando e até transportando os funcionários até o local das aulas, que ocorrem no Centro Administrativo Santa Cândida. Os estudantes recebem apostilas, estudam em casa e devem assistir a pelo menos quatro horas de aulas por semana. Eles são liberados do trabalho pela chefia nos horários em que há classes. Os alunos são dos mais variados perfis. A maioria deles tem entre 40 e 49 anos. Entretanto, há pessoas com mais idade também, entre 60 e 70 anos. Há quase o dobro de mulheres em relação aos homens. Em quase todos os casos, são pessoas que, quando crianças ou jovens, precisaram abandonar os estudos, por uma série de razões – falta de condução, necessidade de trabalhar para ajudar no sustento da família, casamento e gravidez são os motivos mais comuns.