O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, entregou 48 animais reprodutores caprinos para os agricultores familiares do Sudoeste, em comemoração aos bons resultados do programa de incentivo à caprinocultura no Paraná. Nos últimos três anos, o programa “Apoio à Estruturação da Cadeia Produtiva da Caprinocultura” já entregou quase 500 animais entre reprodutores e matrizes melhoradores do rebanho. Segundo Bianchini, o programa de incentivo à caprinocultura integra o programa de diversificação da pequena propriedade familiar, que é o foco das ações do Governo do Estado. Para isso, a estrutura da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e empresas vinculadas, como Iapar e Emater, estão criando as condições necessárias para formar uma boa base de produção e melhoramento de animais. Desde 2006, quando o programa começou, o rebanho de caprinos no Estado evoluiu cerca de 30% e atualmente tem 90 mil cabeças. Também evoluiu em qualidade, o que permitiu a inclusão da carne de caprino no projeto “Carnes Nobres do Paraná”. O rebanho na Estação Experimental do Iapar de Pato Branco tem 230 matrizes melhoradoras, que serão multiplicadas para atender a demanda dos agricultores. Além de produtores, o Iapar repassa reprodutores de caprinos a colégios agrícolas, prefeituras municipais, associações de criadores, casas familiares rurais e condomínios de produtores. O primeiro produtor contemplado com a entrega dos animais em Pato Branco foi Benjamim Deola, de Salgado Filho. Ele já tem cerca de 40 caprinos em sua propriedade e seu projeto é expandir a atividade, por causa da boa renda que ela proporciona. Deola participou dos treinamentos técnicos e agora pretende investir em genética para melhorar a qualidade do plantel. A entrega dos animais, em Pato Branco, seguiu um treinamento em manejo reprodutivo e sanidade dos animais promovido pelo Iapar e Emater com os produtores do Sudoeste do Estado. Cerca de 3.500 treinamentos com produtores foram feitos, segundo o coordenador do programa pela Emater César Amim Pasqualin. Segundo o secretário Bianchini, com o fortalecimento da atividade na base produtiva será intensificado o trabalho junto aos produtores para acessar o mercado e com isso consolidar a cadeia produtiva, desde a produção até o consumo. O secretário destacou que um caprino cabe em qualquer propriedade, ocupa pouco espaço e proporciona retorno econômico em menos de um ano de investimento, considerando o período de gestação até o abate. O programa de apoio à caprinocultura vem promovendo atividades para fortalecer a base de produção. Além dos treinamentos técnicos, são promovidos dias de campo, seminários, palestras técnicas para os produtores aperfeiçoarem o sistema de manejo com os animais. Também promove cursos com chefes de cozinha para se aperfeiçoarem no preparo e apresentação das carnes de caprinos e com isso conquistar mais consumidores. Ainda promove palestras e orientações para a readequação de frigoríficos ou abatedouros para atuarem com a carne de caprino.