Programa contra drogas e violência da PM atenderá 100 novas turmas

No ano passado foram formadas 250 mil crianças, incluindo alunos em aldeias indígenas
Publicação
25/02/2004 - 00:00
Mais 100 turmas de estudantes da 4.ª série do Ensino Fundamental de escolas públicas e particulares de todo o Paraná estão inscritas no Programa de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), mantido pela Polícia Militar, para participar ainda neste semestre. De acordo com a major Rita Aparecida de Oliveira, como a procura por parte das escolas tem sido grande, foi preciso montar uma lista de espera. “Na medida em que formos formando mais instrutores, aumentaremos as turmas”, avisou a vice-coordenadora do Proerd. Só em Curitiba são nove novas escolas, que reúnem um total de 21 turmas. Em 2003, os instrutores do Proerd repassaram orientações a 3.400 turmas de crianças entre 9 e 12 anos, de 1.370 escolas. A adesão das escolas é voluntária. Programa – O Proerd é um programa educativo, preventivo e estratégico, composto por 17 lições que tem como objetivo prevenir não só o uso de drogas, mas também mostrar às crianças o quanto é importante se manter longe de qualquer forma de violência. As aulas são ministradas por um policial militar fardado, têm duração de 45 a 60 minutos, e são integradas ao currículo escolar no semestre letivo. A base do programa é o projeto D.A.R.E. (Drag Abuse Resistance Education), que teve início nos Estados Unidos em 1983. Hoje, mais de 40 países adotam o programa, que é adaptado à realidade local. As aulas ensinam as crianças a reforçar a auto-estima, lidar com tensões, resistir a diversos tipos de pressões e, ainda, noções de cidadania. Os instrutores são policiais militares que recebem treinamento específico para saber como lidar com a faixa etária das crianças atendidas. “O programa é um trabalho conjunto entre a polícia, a escola e que precisa da participação da família”, disse a major. Este é o sétimo semestre de aplicação do programa no Paraná, que já formou 256 mil crianças. Entre estes estudantes, estão índios de diversas aldeias do Estado, que não precisam sair de suas comunidades para ser atendidos. A Polícia Militar vai até eles, com todo o material pedagógico, para que eles também tenham as mesmas oportunidades das crianças que moram nos centros urbanos. Além das aulas, os instrutores também realizaram palestras com familiares e com a comunidade. No final do semestre, os alunos participam de uma formatura, na qual recebem um certificado.