A secretária da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Lygia Lumina Pupatto, apresentou nesta quinta-feira (2) a palestra “Ciência e Tecnologia Sem Fronteiras”, durante o Fórum Nacional Consecti - Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação e Confap - Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa).
Depois de apresentar todo o Sistema da Seti, que envolve o Tecpar, o Simepar, a Fundação Araucária, além de seis universidades e sete faculdades estaduais, a secretária evidenciou a importância de estender os conhecimentos desenvolvidos nos centros de pesquisa a toda a sociedade. “Percebemos que tínhamos um desafio político institucional: o de popularizar a ciência, a tecnologia e a inovação, com produção de conhecimento, formação de recursos humanos, transferência tecnológica e desenvolvimento regional. E a carência para os setores produtivos era por serviços tecnológicos básicos”, afirmou Lygia.
De acordo com a secretária, o Paraná investe mais de R$ 22 milhões em projetos de transferência de tecnologia. Só através do Programa Universidade Sem Fronteiras, são mais de 450 projetos desenvolvidos. O programa está presente em cerca de 250, dos 399 municípios do Estado. O foco principal são os municípios que apresentam baixo IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal).
O programa Universidade Sem Fronteiras é dividido em seis sub-programas: Apoio à agricultura familiar e pecuária leiteira, Apoio à agroecologia, Extensão tecnológica empresarial, Apoio às licenciaturas, Incubadoras dos direitos sociais e Diálogos culturais. Esses são temas considerados primordiais para o desenvolvimento sustentável do Estado.
Para que seja aprovado pelo Universidade Sem Fronteiras, é necessário que o projeto atenda algumas exigências, como envolver alunos de graduação, profissionais recém-formados, professores-orientadores, além de ser multidisciplinar. “Sempre cito um projeto desenvolvido em Corumbataí do Sul, um cidade de aproximadamente quatro mil habitantes. Lá, cerca de 200 pequenos agricultores puderam aumentar o valor venda do seu maracujá de R$ 10 a caixa para R$ 18 a caixa. Isso foi possível graças à ajuda de estudantes e profissionais da agronomia, da administração e da economia”, afirmou Lygia.
O Paraná ainda conta as Redes de Pesquisa e Inovação nas áreas de Aquicultura e Pesca; Agricultura Familiar e Leiteira; Saúde Pública; Bioenergia e Biotecnologia; Ciência, Tecnologia e Inovação; e de Desenvolvimento do Ensino Superior. As pesquisas na área de Ciência e Tecnologia no Estado recebem recursos do Fundo Paraná, que é composto por 2% de toda a receita tributária estadual. “Com esse projetos, tenho a certeza de que podemos contribuir com o desenvolvimento sustentável do Estado”, finalizou a secretária.
O Fórum Nacional Consecti e Confap está sendo realizado no Hotel Deville Rayon e conta com a participação dos 27 secretários da área da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, além de 23 presidentes das Fundações de Amparo à Pesquisa Científica e Tecnológica.
Programa Universidade Sem Fronteiras é destaque no Fórum
Paraná investe mais de R$ 22 milhões em projetos de transferência de tecnologia
Publicação
02/04/2009 - 18:07
02/04/2009 - 18:07
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