Programa Sentinela atendeu 2,3 mil crianças e adolescentes em 2005

O programa está sendo ampliado no Paraná e o disque-denúncias nacional tem novo número: 100. No Paraná, os telefones são: 0800 643 8111, em Foz do Iguaçu, e 156, em Curitiba. O 181, do narcotráfico, também atende contra a violência infanto-juvenil
Publicação
16/05/2006 - 17:30
Editoria
O programa federal Sentinela, responsável pelo combate ao abuso e à exploração sexual infanto-juvenil, e coordenado no Paraná pela Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, atendeu no ano passado 2.393 crianças e adolescentes vítimas de violência em 28 municípios do Estado. Em setembro do ano passado, o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome ampliou o programa no Paraná, que funciona em 1.104 municípios brasileiros, contemplou 25 cidades paranaenses com a implantação de novos Centros de Referência Especializada de Assistência Social (Creas), ampliando a capacidade de atendimento de 1550 para 2.830 crianças e adolescentes. Nos Centros são executadas ações especializadas de atendimento e proteção imediata às crianças e aos adolescentes, como abordagem educativa, atendimento multiprofissional especializado, apoio psicossocial e jurídico, acompanhamento permanente, abrigo por 24 horas (quando for o caso) e oferta de retaguarda ao sistema de garantia de direitos. Estatísticas - Segundo dados enviados pelos Centros de Referência Especializada de Assistência Social, 61,7% das vítimas registradas em 2005 são do sexo feminino. Em ambos os sexos, a faixa etária de maior incidência de violência é de 7 a 14 anos – cerca de 68,1% dos meninos e 63% das meninas. Das 1.476 meninas atendidas, 42,2% relataram serem vítimas de abuso sexual e 20% de exploração sexual. O abuso sexual também foi o tipo de violência mais cometido contra os meninos atendidos (28,7%), seguido de negligência (26,6%) e violência psicológica (24%). A maioria foi encaminhada pelo Conselho Tutelar (57, 3%). A renda familiar da maioria das vítimas é de zero a um salário mínimo (46,5%) ou de um a três salários mínimos (45,1%). O vínculo com o agressor não foi identificado em 33,7% dos casos. A mãe foi indicada em 593 casos como agressora acusada principalmente de negligência a meninos de 7 a 14 anos. Já o pai foi apontado como o causador de 20,7% dos casos de violência atendidos, a maioria deles de agressão psicológica em meninas entre 7 e 14 anos. Denúncia - O disque-denúncia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes está atendendo por um novo número: 100. O serviço é gratuito e funciona todos os dias da semana, até mesmo feriados, das 8h às 22h. Por esse número, além de fazer a denúncia, é possível obter informações sobre o que são e como funcionam os Conselhos Tutelares e qual o contato da unidade mais próxima da sua casa. Desde maio de 2003, o disque-denúncia recebeu mais de 120 mil ligações de 2.500 municípios brasileiros e encaminhou 17 mil denúncias aos órgãos responsáveis pela defesa dos direitos da criança e do adolescente. Para denunciar qualquer tipo de abuso ou exploração sexual infanto-juvenil no Paraná, ligue para os telefones: 0800 643 8111, em Foz do Iguaçu e 156, em Curitiba. O 181, disque-denúncia do narcotráfico, também recebe ligações sobre violência infanto-juvenil. Os municípios onde estão sendo instalados os novos Centros são: Assis Chateaubriand, Ibema, Santa Tereza do Oeste, Sertaneja, Antonina, Araucária, Campina Grande do Sul, Colombo, Mandirituba, Morretes, Rio Negro, São José dos Pinhais, Prudentópolis, Reserva do Iguaçu, Guamiranga, Imbituva, Irati, Curiuva, Iabiti, Jaboti, Arapongas, Assaí, Mandaguaçu, Paranavaí e Jaguariaíva.