O Programa Nacionalidade Brasileira apresentará neste domingo (07), às 19h30, na TV Paraná Educativa, entrevista com a arquiteta e doutoranda em história da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Elisabeth Amorin de Castro. A pesquisadora, autora do livro “Arquitetura do Isolamento”, conversa sobre o funcionamento das instituições de isolamento entre o fim do século 19 e início do século 20.
Ela explica como funcionava a doutrina higienista no período da República Velha, que visava manter os ambientes sociais livres da presença de portadores de doenças contagiosas ou mentais, menores abandonados, delinqüentes, idosos e criminosos. Esta parcela da população era recolhida das cidades e enviada para edifícios que tinham por objetivo retirá-los do convívio com a sociedade.
De acordo com a ideologia da época, livrando a sociedade dos “males sociais”, os problemas das grandes cidades seriam resolvidos. “Elizabete mostra a história de instituições como o Hospital Nossa Senhora da Luz, o Leprosário São Roque e o Sanatório da Lapa. São locais que possuíam estrutura bastante particular, construídas longe das cidades, com grandes muros, para evitar qualquer contato com a sociedade”, disse Nizan Pereira.
A pesquisadora apresenta documentos, fotos e jornais de época dos hospitais de isolamento. “Hoje sabemos que portadores de doenças, menores abandonados e idosos devem ser tratados com respeito, que devemos incluí-los na sociedade, não isolá-los em locais sem acesso. Mas na época não era visto desta maneira”, afirmou Pereira. O programa Nacionalidade Brasileira vai ao ar todos os domingos, com reprise aos sábados, às 14h30.
Programa Nacionalidade Brasileira entrevista autora do livro “Arquitetura do Isolamento”
Arquiteta e doutoranda em história da Universidade Federal do Paraná, Elisabeth Amorin de Castro, fala sobre o funcionamento das instituições de isolamento entre o final do século 19 e início do século 20
Publicação
05/09/2008 - 10:54
05/09/2008 - 10:54
Editoria