Programa Crescer em Família capacita profissionais da região de Foz do Iguaçu

Começa nesta quarta-feira (10) em Foz do Iguaçu a capacitação dos profissionais que atuam nas modalidades de acolhimento do programa. Estão participando nesta primeira fase conselheiros tutelares, conselheiros de Direito, gestores e técnicos de abrigos
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10/12/2008 - 15:14
Editoria
O programa Crescer em Família, da Secretaria da Criança e Juventude, começa nesta quarta-feira (10), em Foz do Iguaçu, a capacitar profissionais que desenvolverão trabalhos nas duas modalidades de acolhimento do programa. O curso vai até sexta-feira (12) e abrange as regionais de Cascavel, Umuarama e Foz do Iguaçu. Estão participando nesta primeira fase conselheiros tutelares, conselheiros de Direito, gestores e técnicos de abrigos. Num segundo momento serão ampliados para outros atores do Sistema de Garantia de Direitos, como os educadores e as “mães sociais”. O acolhimento familiar é uma alternativa ao acolhimento institucional. “O ambiente familiar favorece muito mais o desenvolvimento da criança neste processo em que ela se encontra fragilizada do que o ambiente institucional do abrigo”, disse a assistente social da Secretaria da Criança, Ana Lidia Manzoni. Segundo ela, são famílias voluntárias que acolhem temporariamente estas crianças até que a equipe de profissionais do programa faça um trabalho de reintegração familiar, e conforme o caso de preparação para a adoção. A sugestão do programa é que a criança permaneça com a família voluntária, no máximo 1 ano, para que não perca o vínculo com a família de origem. Segundo a assistente social, é importante que a família acolhedora não queira adotar a criança, e tenha a consciência de que a permanência com elas é temporária. Na modalidade de acolhimento institucional, a proposta é de não acabar com os abrigos, mas de aprimorar o atendimento realizado nestas casas-lares através de contratação de profissionais qualificados que façam um trabalho efetivo de integração familiar. No abrigo institucional a criança fica em média de 2 a 5 anos, segundo a pesquisa realizada pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), em 2005. A idéia do programa é diminuir o tempo de permanência nas instituições para que a criança retorne à família de origem. ENCAMINHAMENTO - O Conselho tutelar e o Poder Judiciário são os responsáveis pelo encaminhamento das crianças ao programa quando é identificado algum tipo de violação de seus direitos. “O objetivo é garantir a provisoriedade e excepcionalidade da medida de acolhimento, previsto no ECA, da forma mais humanizadora possível”, explicou a assistente social.