Programa Casa da Família Indígena recebe prêmio nacional


O Casa da Família Indígena é um dos maiores programas de habitação indígena em execução no Brasi, e é o segundo ano consecutivo em que a Cohapar é premiada com o Selo de Mérito
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08/03/2006 - 18:20
Editoria
O programa Casa da Família Indígena foi premiado com o Selo de Mérito pela Associação Brasileira de Cohabs (ABC). O anúncio foi feito pelo presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Luiz Claudio Romanelli, nesta quarta-feira (8), no encerramento do Fórum “Habitação Popular – Eu Faço”. O evento reuniu em Curitiba 1,2 mil pessoas ligadas ao setor, e teve a participação do ministro das Cidades, Márcio Fortes. “O Selo de Mérito é um reconhecimento do empenho do governador Roberto Requião em mudar a situação das aldeias indígenas paranaenses, que haviam se transformado em favelas rurais. Assim que tomou posse, o governador determinou a execução de um programa habitacional indígena, que hoje é uma realidade”, explicou Romanelli. O Casa da Família Indígena é um dos maiores programas de habitação indígena em execução no Brasil. Há algumas semanas, Requião anunciou o investimento de R$ 5,3 milhões na terceira fase do programa, que terá 350 moradias em 15 municípios. Além disso, a Cohapar já entregou ou finaliza as obras de 955 unidades, em que foram investidos R$ 9,2 milhões. Com a terceira fase, o Casa da Família Indígena soma investimentos de R$ 14,5 milhões. Este é o segundo ano consecutivo em que a Cohapar é premiada com o Selo de Mérito. Em 2005, a empresa recebeu a honraria pela adoção do sistema de Gestão Comunitária nas obras do programa Casa da Família. O Selo de Mérito será entregue na próxima reunião da ABC, marcada para o final do mês em João Pessoa (PB). O Selo de Mérito, concedido anualmente pela ABC, é uma dos mais importantes honrarias do setor habitacional no Brasil. Concorrem projetos de todo o País, e os vencedores são apontados por uma comissão que inclui representantes do Ministério das Cidades, da Comissão de Desenvolvimento da Câmara Federal e da Caixa Econômica Federal. O Casa da Família Indígena foi implantado em 2003 para resolver a carência de moradia nas aldeias indígenas paranaenses. Para isso, a Cohapar convocou lideranças dos povos e indigenistas, que trabalharam lado a lado com os arquitetos e engenheiros da empresa no desenvolvimento dos projetos. O resultado são casas que respeitam as características e tradições culturais dos índios, sem abrir mão da infra-estrutura de uma residência moderna. Há dois projetos diferentes — um para a etnia Guarani, outro para a Kaingang. Cada moradia tem 52 metros quadrados, dois quartos, sala, cozinha, banheiro externo, varanda e instalações elétrica e hidráulica completas. As casas são construídas em alvenaria e madeira e são cobertas com telhas cerâmica. O evento - O Fórum “Habitação Popular – Eu Faço” reuniu 1,2 mil pessoas ligadas ao setor em Curitiba. Participaram representantes de Cohabs, Caixa Econômica Federal, Ministério das Cidades, prefeituras, câmaras municipais, movimentos populares, universidades e da construção civil, entre outros. O ministro das Cidades, Márcio Fortes, e o governador Roberto Requião participaram da abertura do evento. “Criamos o Fórum com a idéia de promover o encontro e o debate entre todos os agentes que compõem a cadeia produtiva da habitação popular. Atingimos nosso objetivo, e esperamos que esse evento seja o propulsor de novos encontros, que possam democratizar o debate sobre um tema crucial para o Brasil”, disse Romanelli. Na abertura do Fórum, na terça-feira (7), Requião defendeu a indústria da construção civil como principal geradora de emprego no País e afirmou que a solução para o déficit habitacional brasileiro passa pela revisão da política econômica adotada pelo Governo Federal. “Não há solução para a carência habitacional enquanto o país for mantido submisso aos interesses do mercado financeiro”, disse o governador.

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