Profissionalismo garante boa campanha paranaense nos JAB’s

Equipe obteve inédito terceiro lugar geral nos 17º Jogos Abertos Brasileiros (JAB’s), disputados em Jaraguá do Sul
Publicação
30/04/2008 - 14:33
Editoria
A conquista paranaense do inédito terceiro lugar geral nos 17º Jogos Abertos Brasileiros (JAB’s), disputados entre 22 e 27 de abril em Jaraguá do Sul (SC), só foi possível graças à competência dos profissionais que comandaram as equipes do Estado. Para citar apenas dois casos de sucesso, os técnicos do voleibol masculino de Maringá e do futsal masculino de Marechal Cândido Rondon – ambos campeões na competição – destacam a importância de trabalhar com profissionais habilitados e filiados ao Conselho Regional de Educação Física (CREF). Para Manoel Dalpasquale, o “Maneca”, técnico do futsal, o esporte de competição hoje não comporta mais o “técnico de plantão”, que não possui formação adequada para o exercício da função. “O profissional que se acha habilitado para a função só por ter adquirido conhecimento prático é cada vez menos vitorioso, porque há uma exigência de formação acadêmica adequada”, diz Maneca. Para ele, “tudo melhora” a partir do momento em que o profissional tem um bom curso de graduação e passa a integrar o CREF. “O primeiro passo para atingir bons resultados é fazer um curso de graduação de qualidade, buscar contatos e relacionamentos com outros profissionais. Esta troca de idéias ajuda muito, hoje não se obtém mais resultados expressivos sem isso”, acrescenta. Segundo Maneca, o exemplo parte do time comandado por ele. “Nosso supervisor, o Eduardo Santana, é graduado em Educação Física, e normalmente esse cargo é ocupado por alguém mais ligado à área administrativa. O preparador físico Roberto Pereira e o fisiologista Renan Pereira também são graduados, inclusive o Renan já faz mestrado na área, e todos são filiados ao CREF. Tudo isso faz a diferença na hora de buscar os resultados vitoriosos”, concluiu. O técnico do voleibol masculino de Maringá, Carlos Alberto Vidon de Carvalho, conta que a luta para se profissionalizar o trabalho de Educação Física já dura alguns anos. “Com certeza a formação e profissionalização são muito importantes, e apesar de termos avançado bastante, ainda deveria ser dado mais valor a este profissional”, afirma Carvalho. Ele conta que a experiência nos 17º JAB’s mostrou claramente a importância dos profissionais de Educação Física para a obtenção de bons resultados. “Todas as equipes que foram para Jaraguá com profissionais capacitados tiveram boas performances, e nitidamente aquelas que não tinham estes profissionais sofreram bem mais”, afirmou. Em relação à experiência do próprio time, Carvalho contou que entre o final da disputa da Superliga Nacional de Voleibol e o início dos JAB’s os atletas tiveram apenas uma semana de preparação. “Se não trabalhássemos sempre com profissionais, se não fossem pessoas preparadas para isso, não teria como fazer um planejamento correto, voltar da folga e com apenas uma semana de treinos conquistarmos o título dos Jogos Abertos Brasileiros”, concluiu Carvalho.