A saúde e a segurança dos profissionais de motofrete e mototaxistas, os populares motoboys, são tema de uma audiência nesta segunda-feira (25), em Londrina, pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Paraná (SRTE/PR). O evento começou às 9 horas na Gerência Regional do Trabalho da cidade e faz parte das atividades propostas pela campanha “Trabalho sem carteira assinada não é legal”, iniciativa do Governo do Paraná e da Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social (Setp), que tem sua primeira fase voltada aos profissionais da categoria.
Dados da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) apontam que em Londrina existem cerca de 650 mototaxistas regularizados, mas o maior número de trabalhadores na função seria clandestino. A estimativa é que 50% dos profissionais do ramo não sejam legalizados, embora não existam estatísticas oficiais. Na cidade, o serviço de mototáxi é legitimado e permitido por lei.
Para o secretário de Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, um dos problemas da clandestinidade é que muitos funcionários são contratados como informais, sem registro em carteira de trabalho. “Este empregado fica sem proteção alguma, não recebe auxílio-doença, não tem acesso aos benefícios do INSS, nem ao seguro-desemprego, e no futuro não terá direito à aposentadoria”, adverte.
Garcia lembra ainda dos riscos para os usuários do serviço. “Somente o mototaxista regularizado tem seguro que cobre em casos de acidente. A população deve exigir profissional legalizado, que seja credenciado e com a certeirinha dentro do prazo de validade”, afirma.
Campanha - Com o objetivo de conscientizar empregados e empregadores da importância do trabalho registrado, o Governo do Estado lançou “Trabalho sem carteira assinada não é legal”. Com apoio de importantes entidades paranaenses, de sindicatos patronais e laborais foram feitas reuniões e debates, além da apresentação de propostas para atividades em diversos setores.
Os trabalhadores motoboys, motofretistas e mototaxistas, foram o público-alvo escolhido para a primeira etapa de atividades. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Condutores de Veículos, Motonetas, Motocicletas e Similares de Curitiba e Região Metropolitana (Sintramotos), apenas 30% dos cerca de 80 mil profissionais do ramo no Paraná trabalham com registro em carteira de trabalho.
Nuncio Mannala, da Coordenadoria de Estudos, Pesquisas e Relação do Trabalho da Setp, afirma que as próximas ações deverão ser na área de reparação de veículos. “Começamos com os motoboys, que têm as piores estatísticas. O secretário Nelson Garcia está em contato com o sindicato representante dos donos de oficinas mecânicas e a situação receberá toda a nossa atenção”, disse.
Profissionais mototaxistas e motofretistas são tema de debate em Londrina
Evento faz parte das propostas da campanha Trabalho sem carteira assinada não é legal, do Governo do Paraná e da Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social
Publicação
25/08/2008 - 10:50
25/08/2008 - 10:50
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