A importância do monitoramento da raiva e do seu tratamento. Estes foram os principais motes de um treinamento realizado pela Secretaria de Saúde nesta quarta-feira (10). A doença não tem cura e o índice de letalidade chega próximo a 100%. Por isso, os municípios devem estar atentos e investigar todos os casos suspeitos para evitar o reaparecimento da circulação do vírus da raiva no estado.
“A raiva animal está controlada no Paraná, mas o trabalho continua. Apesar de a cura da doença ser um fato raro, ela pode ser prevenida e este é o nosso objetivo” disse o secretário de Saúde, Carlos Moreira Júnior.
O encontro, realizado em Curitiba, contou com a participação da representante do grupo técnico da raiva do Ministério da Saúde, Silene Manrique Rocha, que ministrou palestra sobre a epidemiologia da raiva no Brasil e as situações em que a doença pode estar presente no meio urbano.
“É importante que todos estejam empenhados na vigilância da raiva e notifiquem qualquer tipo de caso suspeito para que sejam realizadas as ações de bloqueio na região”, ressaltou Silene.
A representante do Ministério da Saúde lembrou ainda que houve uma mudança no quadro epidemiológico da raiva no país. “De 1986 para cá, com as campanhas anuais de vacinação de cães e gatos, houve uma queda significativa nos números de casos entre esses animais e a preocupação se volta contra os morcegos, que apresentam mais registros”, completou.
Em 2010, foram notificados no Brasil 12 casos de raiva em caninos, nenhum no Paraná, enquanto em morcegos não hematófagos o número se eleva para 141 no Brasil, sendo sete deles no Paraná.
RECOMENDAÇÃO - A Secretaria de Saúde recomenda às pessoas que encontrarem animais - principalmente morcegos, cães e gatos, que apresentem um comportamento diferente do normal - que entrem em contato imediatamente com a Secretaria Municipal de Saúde ou o Centro de Controle de Zoonoses do Município. O contato com a saliva desses animais é extremamente perigoso, pois é por ela que ocorre a contaminação.
Apenas três casos de raiva humana no mundo tiveram cura, um deles foi no Brasil. Por isso um dos temas das palestras foi a experiência na elaboração do Protocolo de Tratamento de Raiva Humana no Brasil, que proporcionou esse caso de cura. A palestra foi ministrada pelo representante do Hospital de Base do Distrito Federal, Cesar Ferreira Zahlouth.
HOMENAGEM - No inicio do encontro, a Secretaria de Saúde homenageou o chefe da divisão ambiental em saúde, Natal Jataí de Camargo, um dos médicos responsáveis pela significativa queda nos casos de raiva no Paraná. Camargo iniciou seu trabalho no controle da raiva no estado na década 50, quando ainda trabalhava na Secretaria de Agricultura. Em 1969, realizou a primeira campanha de vacinação de cães e gatos no estado.
Hoje, na Secretaria de Saúde, Camargo é referência no controle da raiva no país e contribuiu muito para divulgação da doença à população e aos profissionais de saúde.
“No passado, a raiva não era muito conhecida no Brasil e por isso muitas pessoas que portavam o vírus foram diagnosticadas com outras doenças, como a poliomielite. Para um tratamento adequado, era necessário que todos tivessem conhecimento dos sintomas da doença”, lembrou Camargo.
Gisélia Burigo Guimarães Rubio, chefe da divisão de zoonoses e intoxicações da Secretaria de Saúde, setor responsável pela raiva no Paraná, lembra que o controle da raiva animal no estado se deve a Camargo.
“Sou uma aprendiz dele, pois até a confirmação de um caso suspeito é necessário todo um processo investigativo especial. Para isso, o profissional deve ir a campo, estar atento a todos os aspectos da região e principalmente levar em conta todas as informações da vítima. Nisso ele é mestre”, disse Gisélia.
Cerca de 90 pessoas participaram do evento, representantes da Universidade Federal do Paraná, Instituto Pasteur (referência em pesquisa científica em raiva), Secretaria da Saúde do Distrito Federal, médicos e enfermeiros das 22 regionais de saúde e de alguns municípios puderam discutir a raiva em diversas abordagens, focando principalmente na profilaxia da doença.
“A raiva animal está controlada no Paraná, mas o trabalho continua. Apesar de a cura da doença ser um fato raro, ela pode ser prevenida e este é o nosso objetivo” disse o secretário de Saúde, Carlos Moreira Júnior.
O encontro, realizado em Curitiba, contou com a participação da representante do grupo técnico da raiva do Ministério da Saúde, Silene Manrique Rocha, que ministrou palestra sobre a epidemiologia da raiva no Brasil e as situações em que a doença pode estar presente no meio urbano.
“É importante que todos estejam empenhados na vigilância da raiva e notifiquem qualquer tipo de caso suspeito para que sejam realizadas as ações de bloqueio na região”, ressaltou Silene.
A representante do Ministério da Saúde lembrou ainda que houve uma mudança no quadro epidemiológico da raiva no país. “De 1986 para cá, com as campanhas anuais de vacinação de cães e gatos, houve uma queda significativa nos números de casos entre esses animais e a preocupação se volta contra os morcegos, que apresentam mais registros”, completou.
Em 2010, foram notificados no Brasil 12 casos de raiva em caninos, nenhum no Paraná, enquanto em morcegos não hematófagos o número se eleva para 141 no Brasil, sendo sete deles no Paraná.
RECOMENDAÇÃO - A Secretaria de Saúde recomenda às pessoas que encontrarem animais - principalmente morcegos, cães e gatos, que apresentem um comportamento diferente do normal - que entrem em contato imediatamente com a Secretaria Municipal de Saúde ou o Centro de Controle de Zoonoses do Município. O contato com a saliva desses animais é extremamente perigoso, pois é por ela que ocorre a contaminação.
Apenas três casos de raiva humana no mundo tiveram cura, um deles foi no Brasil. Por isso um dos temas das palestras foi a experiência na elaboração do Protocolo de Tratamento de Raiva Humana no Brasil, que proporcionou esse caso de cura. A palestra foi ministrada pelo representante do Hospital de Base do Distrito Federal, Cesar Ferreira Zahlouth.
HOMENAGEM - No inicio do encontro, a Secretaria de Saúde homenageou o chefe da divisão ambiental em saúde, Natal Jataí de Camargo, um dos médicos responsáveis pela significativa queda nos casos de raiva no Paraná. Camargo iniciou seu trabalho no controle da raiva no estado na década 50, quando ainda trabalhava na Secretaria de Agricultura. Em 1969, realizou a primeira campanha de vacinação de cães e gatos no estado.
Hoje, na Secretaria de Saúde, Camargo é referência no controle da raiva no país e contribuiu muito para divulgação da doença à população e aos profissionais de saúde.
“No passado, a raiva não era muito conhecida no Brasil e por isso muitas pessoas que portavam o vírus foram diagnosticadas com outras doenças, como a poliomielite. Para um tratamento adequado, era necessário que todos tivessem conhecimento dos sintomas da doença”, lembrou Camargo.
Gisélia Burigo Guimarães Rubio, chefe da divisão de zoonoses e intoxicações da Secretaria de Saúde, setor responsável pela raiva no Paraná, lembra que o controle da raiva animal no estado se deve a Camargo.
“Sou uma aprendiz dele, pois até a confirmação de um caso suspeito é necessário todo um processo investigativo especial. Para isso, o profissional deve ir a campo, estar atento a todos os aspectos da região e principalmente levar em conta todas as informações da vítima. Nisso ele é mestre”, disse Gisélia.
Cerca de 90 pessoas participaram do evento, representantes da Universidade Federal do Paraná, Instituto Pasteur (referência em pesquisa científica em raiva), Secretaria da Saúde do Distrito Federal, médicos e enfermeiros das 22 regionais de saúde e de alguns municípios puderam discutir a raiva em diversas abordagens, focando principalmente na profilaxia da doença.