Professora da UFPR avalia ensino à distância e projetos do governo

Marina Isabel Mateus de Almeida reiterou a afirmação de que educação à distância não é uma “extensão da sala de aula”
Publicação
13/09/2007 - 15:25
Editoria
A primeira palestra do Seminário de Educação à Distância, que ocorre nesta quinta-feira (13) e sexta-feira (14) no Campus Jardim Botânico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi ministrada pela professora Marina Isabel Mateus de Almeida, do Núcleo de Educação à Distância da UFPR. A professora fez uma explanação sobre os programas do governo federal nessa área e apresentou avaliações sobre a modalidade de ensino. O seminário é promovido pela Escola de Governo, vinculada à Secretaria de Estado da Administração e da Previdência. Marina de Almeida reiterou a afirmação que o secretário de Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, havia feito na solenidade de abertura do evento, de que educação à distância não é uma “extensão da sala de aula”, isto é, apenas a transmissão de uma aula por algum tipo de mídia. “Não podemos confundir. E também não é válida a idéia de que a educação à distância vem para substituir o ensino presencial, tirar o professor da sala de aula.” A professora da UFPR explicou que a educação à distância não é apropriada, por exemplo, para a alfabetização, ou para o ensino de crianças e adolescentes. “Ela serve para um adulto, que já tem formação básica, mas que já tem compromissos no dia-a-dia, trabalha o dia inteiro, não tem tempo nem condições de passar um período inteiro em sala de aula. Ou seja, para um público extremamente definido e com características particulares.” De acordo com Marina de Almeida, o governo federal, por meio do Ministério da Educação e do “Fórum das Estatais pela Educação”, constituído em 2004, tem realizado uma série de programas de educação à distância. A modalidade tem sido aproveitada na promoção de cursos de ensino médio e pós-médio (técnico e profissionalizante) e de ensino superior. E, ainda, em cursos de qualificação de servidores públicos e, sobretudo, de professores. “Uma pesquisa do Ministério da Educação, de 2005, mostrou que em alguns lugares do país há professores dando aula que não têm sequer a quarta série completa. Ora, como se faz um país sem educação, e como se faz uma educação sem professor? O ensino à distância é, em casos assim, a forma mais rápida de levar educação”, salientou a professora da UFPR.

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