Produção industrial em novembro cresce 4,9% em relação ao mesmo mês de 2008

A produção praticamente ficou inalterada frente a outubro devido a efeitos temporários
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08/01/2010 - 15:10
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A produção industrial do Paraná alcançou resultado estável em novembro de 2009, na comparação com outubro, com taxa de -0,1%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (08). Em relação a novembro de 2008, mês em que a crise financeira mundial atingiu o setor no Brasil, houve crescimento de 4,9%. De julho a novembro, a produção paranaense cresceu 7,2%. No acumulado de janeiro a novembro do ano passado, foi registrada taxa de -4,3%, ainda assim, o Paraná foi o terceiro estado a apresentar menores perdas. A taxa acumulada do Brasil para o mesmo período foi de -9,7%. Os setores que apresentaram resultado positivo em novembro foram: edição impressão e reprodução de gravações (60,9%), bebidas (9,9%), outros produtos químicos (40,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (33,1%), máquinas e equipamentos (11,6%), borracha e plástico (11,5%), minerais não metálicos (7,3%), e mobiliário (8,5%). Já os setores com desempenho negativo foram veículos automotores (-5,2%), alimentos (-5,1%), refino de petróleo e álcool (-7,9%), produtos de metal – excluídos máquinas e equipamentos (-7,4%), celulose, papel e produtos de papel (-3,7%) e madeira (-1,3%). PRODUÇÃO – De acordo com o IBGE, o setor de alimentos teve a queda associada à redução na produção de óleo de soja, e a indústria de veículos automotores à queda na produção de caminhões pesados e tratores. Segundo Fernando Lima, pesquisador do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o resultado deve ser visto como positivo. “Mesmo diante da queda em setores importantes, como alimentos, refino de petróleo e álcool, que é explicada por efeitos sazonais, não foi afetada a recuperação da indústria paranaense, que cresceu na comparação com novembro de 2008”. Para o secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos dos Mercosul, Virgílio Moreira Filho, medidas adotadas pelo governo estadual, ainda antes da crise, foram primordiais para dar sustentação à retomada do crescimento industrial no Paraná. INCENTIVO – O governo do Estado já concedeu às indústrias instaladas no Paraná benefícios fiscais acima de R$ 3,26 bilhões, desde 2003. Até o fim do ano passado, chegou a 91 o total de empresas atendidas pelo programa Bom Emprego. Os novos investimentos estão em 43 municípios. Reestabelecido pelo governador Roberto Requião e voltado ao fomento, à descentralização das indústrias e, principalmente, à geração de mais empregos, o programa Bom Emprego atraiu investimentos que ultrapassam R$ 3 bilhões. O número de empregos diretos está estimado em 15 mil, além de outros 45 mil indiretos. Moreira Filho explica que o Bom Emprego proporciona ao empresário aporte substancial de capital de giro. “Contribuímos para a consolidação do novo empreendimento, principalmente em regiões mais necessitadas. Os benefícios vão de uma a duas vezes o valor do investimento realizado pela empresa”, afirma. BENEFÍCIOS – Para atrair investimentos, o programa permite às empresas postergarem de 50% a 90% o ICMS a ser pago ao Estado num período de oito anos, sendo quatro de carência e quatro de amortização. Quanto mais pobre o município, maior é a parcela postergada. O indicador é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Para 2010, o secretário adianta que o conjunto de decretos disciplinadores dos incentivos fiscais assinados pelo governador Roberto Requião, como o Bom Emprego, serão mantidos para a atração de investimentos, além da geração de postos de trabalho e aumento da produção industrial das empresas instaladas.

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