Produção de ametista e calcedônia estimula cooperativa em Chopinzinho

Reconhecimento da produção tem crescido nos últimos anos, tanto pela organização da Cooperativa de Pedras Ametista do Sudoeste do Paraná quanto pela geração de novos dados
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31/07/2008 - 15:00
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A Mineropar solicitou recursos e encaminhou projeto de pesquisa geológica para desenvolvimento do distrito mineiro de ametista no município de Chopinzinho, no Sudoeste do Paraná. A solicitação foi feita ao Ministério de Minas e Energia, a pedido da CPRM (Serviço Geológico do Brasil). O município produz ametista, quartzo e calcedônia, sob a responsabilidade da Cooperativa de Pedras Ametista do Sudoeste do Paraná (Copasp). O Sudoeste do Paraná tem potencial para a produção de gemas, especialmente de ametista, quartzo hialino, ágata e calcedônia, cujo reconhecimento tem crescido nos últimos anos, tanto pela organização da produção em torno da Copasp de Chopinzinho, quanto na geração de novos dados que confirmam a alta qualidade das gemas produzidas na região. O projeto da Mineropar visa mapear a extensão e as variações de espessura do derrame mineralizado, dentro dos limites da área de mineração da Copasp, na localidade de Passa Quatro. Ele tem como objetivo, também, identificar os controles litológicos, estruturais e geoquímicos sobre as mineralizações de ametista. Os investimentos previstos serão aplicados no teste de métodos de prospecção aplicáveis à detecção e delimitação das zonas mineralizadas, aplicando os resultados a outras áreas potenciais para mineralizações de ametista, no Paraná. COOPERATIVA - A Copasp possui atualmente um programa de desenvolvimento com apoio da Secretaria de Indústria e Comércio do Município de Chopinzinho, Sebrae-PR, Senai-PR, Senai/RS, Associação Comercial e Empresarial de Chopinzinho (ACEC) e Associação das Mulheres Rurais de Chopinzinho (AMR). O município tem um laboratório onde é feita a martelação, a queima e a classificação da ametista e uma oficina destinada à industrialização de capelas e geodos (“capelas”). Os cursos ministrados no laboratório e na oficina já profissionalizaram 78 pessoas. Agora, o município se prepara para a realização de um curso de lapidação e artesanato feito à base de ametista. A cooperativa foi fundada em 2005 para organizar e legitimar a exploração de ametista em Chopinzinho e conta atualmente com 28 proprietários de jazidas associados à cooperativa. Eles exploram o mineral em 1.000 hectares legalizados pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e comercializam para o Rio Grande do Sul. Segundo o presidente da Copasp, Donival Pedrozo de Lara, a pesquisa geológica em Chopinzinho é importante porque ainda não existe estudo concreto sobre a produção, por metro quadrado, da ametista em basalto. No cascalho, a produção do mineral é de 40 kg por metro quadrado. Para o secretário da Indústria e Comércio de Chopinzinho, Juarez Pompeu, o projeto da Mineropar vem de encontro à política e à legitimidade que a sociedade e a cooperativa querem em relação à exploração de ametista no Paraná. “A pesquisa dará uma credibilidade maior à qualidade do produto”, conclui. Os resultados obtidos em Chopinzinho serão estendidos a outros municípios do Paraná, principalmente na denominada Região Prioritária.

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