Primeiras casas do PAC do Paraná começam a tomar forma


São 54 casas, de um total de 388 moradias, que vão atender a uma população que mora em barracos na beira e próximo às áreas de risco de enchentes dos afluentes do Rio Passaúna, chamado de Rio Bambeca.
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27/05/2009 - 15:50
Editoria
As primeiras casas dos projetos do PAC do Estado começam a ser estruturadas em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba, com alvenaria de elevação concluída e telhado já em andamento. São 54 casas, de um total de 388 moradias, que vão atender a uma população que mora em barracos na beira e próximo às áreas de risco de enchentes dos afluentes do Rio Passaúna, chamado de Rio Bambeca. As obras de terraplenagem foram finalizadas no mês passado pela construtora CN Menezes Engenharia Ltda que também está, desde o dia 28 de abril, executando as primeiras 54 moradias, que vão abrigar os moradores do Jardim Boa Vista e Jardim Cecília. Esta etapa conta com investimentos de R$ 1.395,421 milhão. “Estamos vendo a concretização do primeiro novo bairro do Plano de Aceleração do Crescimento do Paraná. Um projeto sem parâmetros no País, que, além de desenvolver casas e infraestrutura, vai levar cidadania a um número tão grande de pessoas”, explicou o presidente da Cohapar, Rafael Greca. Todas as casas vão ter rede de água, esgoto, energia, galerias de drenagem, pavimentação, paisagismo. São de alvenaria, telhas de cerâmica, com 40 metros quadrados, azulejos em projetos arquitetônicos diferenciados na forma geminada, sobrados e lotes isolados. DESFAVELAMENTO - “Essa é uma obra especial”, considerou o mestre-de-obras Hortêncio de Campos, 47 anos. Há 11 anos trabalhando nos canteiros da Cohapar, ele veio de Ponta Grossa para comandar o empreendimento de Campo Magro. “Já fiz cerca de 20 conjuntos pela Companhia, mas esse é diferente porque se trata de um programa de desfavelamento. Pessoas estão sendo retiradas de áreas de risco para viverem em um lugar seguro. Este lugar vai ficar muito bonito”. As áreas ocupadas irregularmente darão lugar a cinco parques que totalizam uma área de 562.379 metros quadrados com infraestrutura de lazer e recuperação ambiental evitando a sua reocupação. Entre eles o Parque Sabiá, com 16,1 mil metros quadrados, onde hoje vivem 89 famílias, em uma área considerada de manancial e que afeta diretamente o rio Passaúna, responsável pelo abastecimento de água de 30% da população de Curitiba, além de algumas cidades da Região Metropolitana - Araucária, Almirante Tamandaré, Campo Largo e Campo Magro. EXPECTATIVA – Alice de Almeida Pereira foi encontrada admirando uma das casas que começa a tomar forma, em Campo Magro. Ela, seu marido e cinco filhos moram há 13 anos na rua Mato Grosso, uma das áreas onde haverá realocação. “Sempre que posso venho olhar as obras dessa área. Onde vamos morar, ainda não começaram a erguer as casas. Fico ansiosa para ver como será minha casa pois as que estão construindo são lindas. Conto os dias para ver nossa casa pronta. Parece mentira”, diz Alice, 33 anos, e trabalha como diarista. OBRAS - No local onde serão construídas mais 89 casas, as obras já estão em andamento, e outras duas áreas para a construção de 213 casas estão em processo final de compras. A previsão é de que o projeto seja concluído até o fim do ano. Outras obras referentes à contrapartida municipal já estão em andamento e são: drenagem, terraplenagem e pavimentação na rua Minas Gerais, que dará acesso ao Parque Sabiá. O projeto de Campo Magro está incluído na urbanização de favelas das microbacias dos rios Passaúna e Ribeirão Bambeca, no qual a Cohapar e a Caixa investem R$ 13.244 milhões. “Vamos tirar desses locais 388 famílias, que vão se mudar para as novas casas, em áreas seguras e ambientalmente corretas desta mesma região, desapropriadas e adquiridas pelo Governo do Estado”, disse Greca.

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