O projeto-piloto de utilização do paisagismo para facilitar a conservação das rodovias da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) vai contar com a mão-de-obra dos detentos da Colônia Penal Agrícola de Piraquara (CPA), que atuam nas estradas por meio de convênio firmado com o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen). O objetivo principal é a reintegração dos presos, com o aprendizado de uma profissão. “A ação favorece todos. Nos garante rodovias bem conservadas e assegura aos detentos, além da remuneração mensal de um salário mínimo, a redução da pena, que é abatida pelos serviços prestados. Possibilita também uma reintegração social mais rápida, com o treinamento em uma atividade útil e interessante”, afirma o secretário. De acordo com o superintendente regional Leste do DER, Ricardo Martins de Barros, a primeira experiência dos presidiários no trabalho de paisagismo foi no ano passado, quando o DER realizou obras de melhoria na rodovia entre Curitiba e Pinhais (PR-415), que receberia os conferencistas do COP 8 e MOP 3, da Organização das Nações Unidas. “Com a coordenação dos nossos especialistas, foi desenhada uma pomba branca da paz no canteiro central da rodovia. A satisfação do grupo de detentos com o trabalho finalizado era visível e essa é a nossa principal inspiração para o andamento do projeto”, diz. “Nessa etapa, devemos contar ainda com o auxílio da Universidade Federal do Paraná (UFPR), não apenas nas pesquisas, mas no treinamento dessa mão-de-obra”, completa. Nos próximos dias os grupos de detentos da CPA voltam a fazer a conservação das vias da RMC, dando continuidade às atividades exercidas de 2004 a 2006. Serão equipes de até 30 homens por grupo de trabalho. O DER deve supervisionar o serviço, fornecer o transporte, a alimentação dos trabalhadores, uniformes e equipamentos de segurança.