Presidente do Provopar entrega máquinas para mulheres do Projeto Segurança Social

As máquinas serão usadas por um grupo de 40 mulheres, que participam do Projeto Segurança Social, na Vila Osternack, em Curitiba, promovido pelo comando geral da Polícia Militar
Publicação
18/08/2009 - 17:20
Editoria
A presidente do Provopar Ação Social, Lucia Arruda, entregou nesta terça-feira (18) três máquinas de costura industrial, no valor de aproximadamente R$ 5 mil, para um grupo de cerca de 40 mulheres envolvidas no Projeto Segurança Social, desenvolvido pela Polícia Militar para atuar em áreas de risco em Curitiba com o objetivo de reduzir os índices de criminalidade. A solenidade de entrega contou com a presença do coronel Luiz Rodrigo Larson Carstens, comandante geral em exercício da Polícia Militar, coronel Aurélio Chaves, subchefe do Estado Maior da PM, pastor Eliandro Viana, gestor do centro comunitário da Vila Osternack, Iva Sandra de Morais, coordenadora de Ação Social do Provopar, além de oficiais da PM, costureiras e representantes da comunidade. “Esta é mais uma parceria que o Provopar faz e que vai dar certo. Estamos fornecendo as máquinas de costura, a Secretaria do Emprego, Trabalho e Promoção Social está disponibilizando de técnicos para os cursos, os Correios estão dando os malotes usados e a Polícia Militar a coordenação do projeto. Portanto, estamos confiantes nesta parceria que se concretiza para a execução deste projeto, que será um sucesso”, afirmou Lucia Arruda durante a solenidade. A presidente do Provopar lembrou que um projeto semelhante foi realizado, com as mesmas parcerias, na Vila Zumbi dos Palmares, no Alto Maracanã, em Colombo. “Este projeto é um sucesso. O Provopar deu um “empurrão” e hoje eles estão caminhando com as próprias pernas. O índice de criminalidade caiu, porque a auto-estima das pessoas aumentou. Elas se sentiram útil. E, agora, estamos apoiando este segundo projeto e é baseado nesta primeira iniciativa que o grupo da Vila Osternack está confiante. Sabe que a vida vai melhorar. É uma questão de tempo”. O coronel Luiz Rodrigo disse que a realização do projeto traça um novo o paradigma de que a Polícia Militar não faz “apenas o enfrentamento, a prevenção e a repressão imediata aos crimes, mas como também busca a parceria com a comunidade para tentar levar esperança, dignidade, motivação, recursos e inclusão social. Só assim a comunidade vai poder subsistir e caminhar com suas próprias pernas”. Redução da criminalidade - De acordo com o comandante geral em exercício da PM é preciso acreditar neste modelo de Segurança Social, “onde as pessoas em encontrando oportunidades se mantém afastadas do crime”. O coronel Aurélio reforça as palavras do comandante e diz que, apesar do pouco tempo, o projeto já proporcionou uma redução no índice de criminalidade na Vila Osternack, até então uma das mais violentas de Curitiba. “Este projeto parte do principio que não é com a construção de mais cadeias, a contratação de mais policiais, que a comunidade terá segurança. A comunidade tem segurança a partir do momento em que se une e se organize, para que todos possam dar sua parcela de contribuição na solução de seus problemas. Desde que foi implantado este projeto já sentimos uma queda no índice das ocorrências policiais. A segurança por si só já começa a existir”, acrescentou. As máquinas doadas pelo Provopar serão usadas pelas donas de casa do bairro a princípio nos cursos de costura e em seguida no projeto de geração de renda, para que possam contribuir com a renda familiar e, na maioria dos casos, até mesmo tirar os familiares da situação de carência em que vivem na Vila Osternack, um dos bairros de menor IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, de Curitiba. Os Correios, por sua vez, vão fornecer os malotes usados e descartados para que possam ser utilizados como matéria-prima no curso de corte e costura. Lucia Arruda lembrou que o Provopar já fez doações de alimentos e de grande quantidade de retalhos para o Clube do Retalho, mantido pelas mulheres do bairro. A costureira Carla Emidio fez questão de agradecer a presidente do Provopar pela doação das máquinas e disse que hoje existe uma carência de bons profissionais no mercado. “Vamos formar novas costureiras em nossa vila. Tenho certeza que logo elas estarão entrando no mercado de trabalho e gerando renda para suas famílias. E isto com certeza muda a vida das pessoas”. ÀREAS DE RISCO - Desenvolvido pelo comando-geral da Polícia Militar, o Projeto Segurança Social no Bairro tem por objetivo desenvolver socialmente as áreas de risco. Colaboram com a iniciativa outras 66 entidades, entre secretarias de Estado, associações, empresas, igrejas e clubes de serviços. As ações conjuntas entre o governo e a sociedade civil levam oportunidades de geração de renda e cidadania para os moradores das áreas consideradas de risco social. O primeiro bairro de Curitiba a receber o projeto foi a Vila Osternack, com a entrada e permanência da Polícia Militar no local, levando mais segurança à população e possibilitando o desenvolvimento das ações sociais. A partir daí, cada um dos segmentos da sociedade começou a implantar, em parceria com a PM, ações para auxiliar a comunidade. O projeto, agora, deve ser ampliado para outras comunidades consideradas área de risco e com alto índice de criminalidade.

GALERIA DE IMAGENS