Presidente do ITCG reúne-se com representantes de comunidades tradicionais

Governo está intermediando as conversas entre estas comunidades e órgãos públicos para a acelerar o processo de demarcação dos territórios quilombolas no Paraná
Publicação
19/06/2009 - 18:23
Editoria
Líderes da Rede Puxirão de Povos e Comunidades Tradicionais apresentaram nesta semana ao presidente do Instituto de Terras, Geografia e Geociências, Theo Marés, solicitações das comunidades. Entre as demandas principais estão o reconhecimento de povos como Ilhéus, Cipozeiros e Pescadores Artesanais, além de uma aproximação permanente entre as comunidades e o Governo Estadual. Este é o segundo encontro realizado entre o presidente do ITCG e as comunidades tradicionais visando uma aproximação para solução de problemas comuns. “O ITCG estará intermediando as conversas entre estas comunidades e órgãos do governo Estadual e federal, como o Incra, para a acelerar o processo de demarcação dos territórios quilombolas no Paraná”, declarou Theo Marés. O presidente ainda ressaltou a importância do reconhecimento de algumas comunidades que ainda não aparecem nos mapas paranaenses. “Vamos dar toda assistência de equipamentos e transporte que for necessária a Rede Puxirão para a divulgação deste projeto de mapeamento de novas comunidades tradicionais”, comentou, em relação ao Projeto Nova Cartografia desenvolvido pela Rede. O Projeto denominado “Nova Cartografia Social da Amazônia” vem sendo desenvolvido na Região Amazônica, desde 2005, objetivando mapear e identificar grupos sociais pouco conhecidos, dando-lhes visibilidade, no que diz respeito a sua história, conflitos e reivindicações. No Paraná, o Projeto Nova cartografia é desenvolvido pela Rede Puxirão. O projeto busca materializar a manifestação da auto-cartografia dos povos e comunidades nos fascículos que publica, que não só pretendem fortalecer os movimentos, mas o fazem mediante a transparência de suas expressões culturais diversas à luz de seus direitos constitucionalmente garantidos. Segundo o representante dos faxinalenses, Hamilton José da Silva, a reunião foi positiva e pode ajudar na regulamentação da Lei Estadual 15.673/07, que trata sobre o reconhecimento da comunidade. “O resultado das reuniões é altamente positivo, pois percebemos que há interesse da parte do presidente em evoluir em nossas demandas. Acho importante, principalmente para os faxinalenses a promulgação do decreto para a comunidade ser considerada legalmente”, afirmou. Já para a representante dos quilombolas, Mariluz Marques, os encontros atenderam as expectativas da comunidade e representam uma nova forma de conversa com as autoridades do governo. “Não me lembro quando tivemos uma oportunidade como esta de sentar à mesa e debater nossas reivindicações com lideranças de qualquer governo”, salientou.