Presidente da SOS Mata Atlântica diz que Requião é referência ambiental

"O Requião salvou a Lei da Mata Atlântica e tem uma grande virtude: é um cara que enxerga longe e percebeu que proteger o meio ambiente agrega valor. Requião está muito à frente do seu tempo”, declarou Mário Mantovani
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27/05/2009 - 19:00
Editoria
O presidente da Organização Não-Governamental (Ong) - Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, disse nesta quarta-feira (27) que o governador Roberto Requião é uma referência para os novos políticos no que se refere a ações de preservação do meio ambiente no Brasil. A SOS Mata Atlântica é responsável pela pesquisa divulgada hoje - data em que é celebrado o Dia Nacional da Floresta Atlântica – realizada juntamente com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e que pela segunda vez demonstra que o Paraná reduziu seus índices de desmatamento em 41%, nos últimos três anos. “O Requião salvou a Lei da Mata Atlântica e tem uma grande virtude: é um cara que enxerga longe e percebeu que proteger o meio ambiente agrega valor. Requião está muito à frente do seu tempo nas questões ambientais e deve ser uma referência para os novos políticos que estão aí”, declarou Mário Mantovani. Ele completou elogiando o posicionamento do governador Requião de cobrar dos grandes produtores rurais a manutenção da Reserva Legal e da Mata Ciliar, em um estado com grande potencial agrícola. “Ele usa argumentos fantásticos ao brigar pela Reserva Legal, ao lutar por uma agricultura diferenciada e ao tentar mostrar que é a preservação é um ganho econômico para o Estado. Merece os nossos parabéns”, disse Mantovani. Ele alertou para o fato de que as grandes multinacionais já estão deixando de comprar matéria-prima ou produtos de Cooperativas que não mantém práticas ambientais e de sustentabilidade estabelecidas. Na próxima segunda-feira (01), Mário Mantovani participa às 8h30 de uma audiência pública, na Assembléia Legislativa do Paraná, sobre a Lei da Mata Atlântica. PESQUISA - Apesar do Paraná se manter na quarta posição do ranking dos estados que mais desmatam - considerando proporcionalmente a quantidade de hectares que possui de cobertura florestal de Mata Atlântica – o número em hectares caiu de uma média de 5,6mil hectares por ano, apresentado no levantamento de 2000 a 2005 para 3,3mil hectares nesta última atualização, 2005 a 2008. “Nós tivemos uma redução de 41% nos índices de desmatamento nos últimos três anos, sendo que de 2000 a 2005 já tínhamos alcançado uma redução de 88% nos índices de desmatamento. Ou seja, a política ambiental aplicada com rigor no Paraná está refletindo bons resultados na conservação do bioma da Mata Atlântica”, declarou o secretário do meio ambiente, Rasca Rodrigues. O secretário Rasca Rodrigues atribui a redução nos índices de desmatamento aos investimentos e ações que o Governo vem fazendo, desde 2003 para coibir os crimes contra o patrimônio natural. Para que se tenha uma ideia, em um período de seis anos foram investidos R$17 milhões no combate ao desmatamento, incluindo a compra de aviões, helicópteros, carros, reestruturação das sedes dos escritórios regionais do IAP e equipamentos de fiscalização. Neste mesmo período foi criado o Batalhão de Policia Ambiental – Força Verde, com a contratação de 400 novos policiais especialmente treinados para coibir o desmatamento dos últimos remanescentes florestais. Apenas no ano de 2008, os policiais da Força Verde garantiram R$75 milhões em autos de infração por crimes ambientais. Nos quatro primeiros meses deste ano, a Força Verde contabilizou 2,2 mil boletins de ocorrência e lavrou 912 autos de infração ambiental, no valor de R$11 milhões. Já o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) implantou um moderno sistema de monitoramento via satélite que detecta focos de desmate a partir de 900 metros quadrados e que tornou possível aumentar a eficiência das ações de fiscalização. Com o novo sistema foram detectados na região Centro-Sul do Estado 103 pontos de desmate, no ano de 2008. A tecnologia sobrepõe imagens do satélite LANDSAT5 - registradas em dois momentos diferentes – identificando redução ou aumento da cobertura florestal. O Programa Mata Ciliar é, também, um importante defensor e guardião da manutenção da cobertura vegetal de Mata Atlântica. Nos últimos seis anos aumentou seus resultados com a descentralização da produção de mudas para recuperação das matas ciliares – que já atinge a marca de mais de 95 milhões de mudas plantadas, envolvendo mais de 76 mil agricultores. Cerca de R$ 15 milhões foram investidos no Programa para a reestruturação dos 20 viveiros do IAP, situados nos escritórios regionais, onde, até 2003, produzia-se 3 milhões de mudas a cada ano e hoje se produz 10 milhões.