O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, participa de reunião às 14h desta quinta-feira (11), com os vice-ministros do Comércio, Agustín Perdomo, e dos Transportes, Luis Maria Pereira, do Paraguai, autoridades e empresários da União dos Exportadores do Paraguai (Unexpa), na sala da administração central do Show Rural, em Cascavel. A volta dos produtos paraguaios ao Porto de Paranaguá é o tema do encontro que integra a agenda do Plano de Logística Codesul/Zicosur. A Ferroeste é a empresa responsável pela gestão dos projetos de integração logística entre os blocos representados pelo Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) e pela Zona de Integração do Centro-Oeste da América do Sul (Zicosul). Os produtores paraguaios pretendem reativar as exportações através do Porto de Paranaguá e um grupo de cooperativas, empresas privadas e exportadores de pequeno e médio porte já tem um acordo firmado com a Ferroeste, o “Projeto Cascavel”. O acordo envolve o porto seco localizado no Terminal da Ferroeste em Cascavel, administrado pela Codapar (Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná). Também participam do processo a Claspar (Empresa Paranaense de Classificação de Produtos), o Ministério da Agricultura e a Receita Federal. Através da operação, a Receita ampliará a área alfandegada do porto seco para abranger as instalações de transbordo caminhão-vagão da Ferroeste. Samuel Gomes explica que os exportadores e importadores paraguaios “vão utilizar o porto seco instalado no terminal ferroviário de Cascavel para as operações de desembaraço aduaneiro”. “Estamos trazendo o Paraguai de volta ao seu porto natural, o porto de Paranaguá, através da oferta de uma logística com custo mais atraente que as alternativas atuais pela Argentina e Uruguai”. O grupo de investidores paraguaios vai utilizar a ferrovia para exportar soja, milho e trigo, inclusive para o mercado interno brasileiro, e também para importar insumos agrícolas como adubos, fertilizantes e calcário. O grupo é formado por cooperativas e pelas empresas Agro Silos El Produtor, Companhia Dekalpar e Trebol Agrícola. O Paraguai, sem saída direta para o mar, precisa de alternativa para escoar a produção que, atualmente, em sua grande maioria, 95%, é feita através do porto fluvial de Nova Palmira (Uruguai) e também por Rosário, na Argentina. A produção média do Paraguai gira em torno de 10,5 milhões/toneladas de soja; 2,5 milhões/t de milho e 1,2 milhões/t de trigo A ferrovia será usada não somente para a exportação, mas grande parte dos insumos, como adubos e fertilizantes utilizados na agricultura paraguaia vem do Brasil. O Paraguai, segundo ele, poderá usar a ferrovia para importar a custos mais baixos toda classe de insumos, inclusive por meio de contêineres. Além dos vice-ministros paraguaios participam da comitiva do país vizinho o representante do governo de Alto Paraná, Nelson Amarilla, o cooredenador da Unidade de Relações Internacionais da Administração Nacional de Navegação e Portos do Paraguai (ANNP), Luis Rafael Rabery, o cônsul do Paraguai em Curitiba, Héctor Gimenez e o cônsul paraguaio em Foz do Iguaçu, Eligio Benitez. A Ferroeste participa do Show Rural em um estande na feira em parceria com a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).