Durante viagem à cidade de Telêmaco Borba, o presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca, visitou duas áreas pertencentes à Klabin, indústria de papel, que podem ser doadas pela empresa para a construção de casas populares. A Cohapar apresentou projeto para a construção de 1.033 casas, sendo que 345 seriam para famílias com renda de até um salário-mínimo e as outras 688 para as que ganham de três a cinco salários-mínimos. Outro assunto foi o da possibilidade de disponibilizar loteamentos urbanizados para que a população construa suas próprias casas. Para Greca, a possibilidade de fazer loteamentos para que cada família construa conforme a sua necessidade é uma alternativa para colaborar com o desenvolvimento habitacional no Paraná sem prejudicar o meio ambiente. “A possibilidade de viabilizarmos um bairro novo em Telêmaco Borba, com centenas de lotes urbanizados, pode ser uma alternativa emergencial inteligente para evitar a favelização das colinas e encostas do Rio Tibaji e seus afluentes diante do impacto social da nova fábrica da Klabin e da já anunciada Usina Hidrelétrica Mauá”, explicou. O presidente da Cohapar ainda enfatizou a importância da união para a viabilização dos projetos. “Podemos fazer uma parceria entre Cohapar, prefeitura e Klabin. A empresa papeleira doa os terrenos, a Cohapar define o plano urbanístico e a prefeitura viabiliza a infra-estrutura, com rede de água, luz e esgoto. Com união podemos dar casas para quem precisa em Telêmaco Borba, uma cidade em expansão”, concluiu. Segundo Greca, a possibilidade de fazer loteamentos urbanizados não é uma idéia nova, foi muito utilizada na cidade de Curitiba entre a década de 70 e 90, quando a cidade crescia rapidamente e não tinha como contemplar todos com casas populares. “Não precisamos necessariamente fazer as casas, se as pessoas tiverem acesso a lotes urbanizados, já com toda a infra-estrutura, evitamos as ocupações irregulares e também as favelas na cidade”, disse. O prefeito de Telêmaco Borba, Eros Araújo, acredita que esta parceria é fundamental para o desenvolvimento da cidade. “A Cohapar e a Klabin são nossas parceiras. Vamos nos unir para melhorar a questão habitacional do nosso município e não permitir que favelas se instalem na cidade. A idéia dos lotes é boa porque agiliza o processo de habitação”, afirmou. Segundo Araújo, a presença do secretário Rafael Greca no município é importante porque demonstra que o governo do Estado trabalha em conjunto com os municípios. “A Cohapar não faz um trabalho à distância, está sempre presente, como agora aqui, visitando possíveis áreas destinadas à habitação”, concluiu. O diretor da Klabin, Arthur Canhisares, afirma que a empresa tem a consciência de que é muito importante ter responsabilidade social e ajudar a manter a qualidade de vida do município. “Nossa empresa está em Telêmaco Borba desde 1943 e queremos ajudar a viabilizar melhorias, sempre de forma sustentável, que é o lema da nossa empresa”, disse. Ele também afirmou acreditar nessa parceria com a Cohapar e com a prefeitura. “Nós fazemos um trabalho social voltado à comunidade, assim como a prefeitura e a Cohapar, que têm uma preocupação muito grande em trabalhar pelos mais necessitados”. Os projetos de casas populares e loteamentos urbanizados ainda está em fase de estudos. A cidade de Telêmaco Borba tem um conjunto com 50 unidades habitacionais em construção, destinadas a famílias com renda mensal que varia de três a cinco salários, na modalidade chamada de hipoteca. A previsão é que o loteamento Telêmaco Borba I seja entregue em, no máximo, 90 dias.