O programa Lotes Urbanizados da Cohapar foi apresentado nesta quinta-feira (5) aos prefeitos da Amunpar (Associação dos Municípios do Noroeste do Paraná), durante reunião na cidade de Paranavaí, pelo presidente da Companhia de Habitação do Paraná, Rafael Greca. O programa vai beneficiar famílias com renda entre 2 e 8 salários mínimos. “A idéia é criar loteamentos urbanizados sem intermediários, com custo reduzido em mais de 50%, para as famílias construírem suas casas”, disse Greca.
Rafael Greca explicou que além de baixar o custo dos imóveis, o programa evita as ocupações irregulares nas cidades. “Este programa permite que as famílias tenham acesso mais fácil a um lote e ainda as livram do tormento do aluguel. Com a aquisição do lote, o comércio local também ganha com a venda de materiais de construção, proporcionando a geração de mais empregos. Enfim, toda a cidade melhora. Isso é justiça social”.
A prefeita de Querência do Norte e presidente da Amunpar, Rosenei Aparecida Raggiotto, disse que a participação de Greca na reunião esclareceu várias dúvidas dos novos prefeitos. “O presidente da Cohapar já foi prefeito e entende nossa ansiedade. Por isso acreditamos que ele vai nos ajudar”, disse . “Para nós, dos pequenos municípios, até a elaboração de um projeto é difícil e a proposta de uma parceria de trabalho, aproveitando a experiência da Cohapar de quase 50 anos de existência no Paraná, é muito importante para as cidades. Teremos além dos projetos dos Lotes Urbanizados a assistência técnica para a execução”, informou.
O deputado estadual Teruo Kato, que participou do encontro com os prefeitos, observou que “hoje uma das aflições dos prefeitos é com relação a moradias e a vinda do presidente da Cohapar para esta reunião esclarece os novos prefeitos e também os reeleitos sobre os projetos de habitação para esses municípios. A ideia dos lotes urbanizados é muito interessante e surge como mais uma alternativa viável para a construção de novas moradias”.
O PROGRAMA - Lotes urbanizados é uma parceria entre o governo estadual, através da Cohapar, prefeituras, governo federal e associações de moradores. A área para o loteamento deve estar dentro do contexto da malha urbana e possuir infraestrutura (água, luz, vias de acesso e esgoto sanitário), além de serviços públicos essenciais (transporte, saúde, segurança e coleta de lixo).
A Cohapar ficará responsável pela elaboração do projeto técnico do bairro novo, oferecendo também assessoria para sua implantação, podendo sugerir áreas para correta expansão das cidades. Além disso, promoverá a comercialização dos terrenos, inspecionará as obras e ainda poderá ceder projetos arquitetônicos para as famílias.
A cidade de Jaguapitã foi citada como exemplo de município onde será implantado o novo programa em um loteamento com 90 terrenos em área urbanizada. Cada terreno vai custar R$ 8 mil, podendo ser financiado em 60 ou 120 meses, dependendo da renda da família. A estimativa de custo dos lotes, no processo tradicional, é de R$ 20 mil, podendo variar em cada município.
Greca finalizou a apresentação afirmando que é bem mais fácil cuidar de uma cidade ocupada corretamente. “Regularizar áreas, onde as famílias se instalam de forma desorganizada, acaba saindo muito mais caro. Uma cidade onde as pessoas têm lugares decentes para viver é uma cidade muito melhor”, afirmou.