Pré-natal pode evitar transmissão vertical da hepatite B e a aids

Acompanhamento médico e exames pré-natal tornam a gestação mais segura
Publicação
17/09/2010 - 17:30
Editoria

Confira o áudio desta notícia

Acompanhamento médico e exames pré-natal tornam a gestação mais segura. “Os exames diagnosticam doenças que podem ser transmitidas de mães para filhos, como a hepatite B e a aids, na chamada transmissão vertical. Com isso, as mães podem iniciar seus tratamentos e aumentar as chances dos filhos nascerem saudáveis”, explicou o secretário de Saúde, Carlos Moreira Júnior.
A gestante deve sempre ficar atenta a possíveis sintomas e informar ao seu médico qualquer tipo de doença familiar. Toda mãe tem o direito a um acompanhamento médico durante a gestação. Esse serviço é disponibilizado pelo SUS e é essencial para a diminuição da mortalidade infantil e materna.
HEPATITE – O Paraná registrou mais de 6 mil casos de hepatite B nos últimos quatro anos. Como a doença não tem cura, o diagnóstico precoce auxilia o tratamento para diminuir os efeitos e desacelerar a evolução da doença que pode levar a morte.
É comum uma pessoa com hepatite B não apresentar nenhum tipo de sintoma aparente e descobrir que é portador do vírus da doença (VHB), quando o funcionamento do já está comprometido fígado. Contudo a gestante que faz o pré-natal é orientada a realizar vários tipos de exames, inclusive o exame de sangue que pode detectar a presença de algum vírus no organismo.
A hepatite B é uma infecção nas células do fígado e pode ser transmitida verticalmente, durante a gestação ou no momento do parto, quando o bebê entra em contato com o sangue ou fluído orgânico da mãe portadora do vírus; ou horizontalmente, quando a pessoa entra em contato com sangue, saliva ou sêmen contaminado.
EVOLUÇÃO – “O portador de hepatite B pode evoluir para cirrose e câncer no fígado e as chances de isso acontecer são maiores quando o vírus é contraído durante o parto. Nesses casos, mais de 90% das pessoas que contraíram o VHB verticalmente evoluem para a forma crônica da doença”, ressaltou o coordenador do Programa de Hepatites Virais da Secretaria de Estado da Saúde, Renato Lopes. “Por isso, é muito importante o acompanhamento contínuo de um médico durante a gestação, possibilitando diagnóstico precoce e a realização de uma série de procedimentos para que a transmissão da mãe para o filho não ocorra” completou Lopes.
Logo após o parto o bebê é limpo, retirando todo o sangue e os fluidos orgânicos da mãe que porventura estejam no corpo da criança, recebe a primeira dose da vacina além da imunoglobulina específica contra a hepatite B nas primeiras 12 horas de vida. O acompanhamento médico durante a infância deve continuar, o recém nascido deve receber mais duas doses da vacina, uma após 30 dias da 1ª dose e outra após cinco meses após a 2ª dose. Com isso o organismo da criança criará defesas contra o vírus, mas mesmo assim médico deverá sempre acompanhar a evolução o seu quadro clínico.