O superintendente dos portos do Paraná, Eduardo Requião, enviou ofício ao presidente da Coamo, de Campo Mourão, José Gallassini, relatando que o representante da cooperativa em Paranaguá, Airton Galinari, tem tido uma conduta inadequada no Porto de Paranaguá. No ofício, o dirigente portuário aponta como exemplo o descontrole de Galinari numa reunião para programação de operações no porto, ocorrida na última semana.
Depois de ter seu pleito recusado por representantes da Appa, Galinari passou a insultá-los, sendo necessária a intervenção da Guarda Portuária para sua retirada do ambiente. O alvo da discussão foi a manutenção do Complexo Corredor de Exportação, que estava a cargo dos operadores que utilizam o sistema. O prazo estipulado pela Appa para a entrega da manutenção foi o último dia 06 de setembro. No entanto, até o momento, o serviço não foi concluído.
Galinari então pediu que o berço 213, pertencente ao Corredor de Exportação, voltasse a operar mesmo sem que a manutenção estivesse completa e que todos os navios da Coamo fossem atendidos. Depois de embarcar suas cargas, Galinari sugeriu que o berço fosse paralisado por mais de 25 dias para a conclusão da manutenção.
“Estamos utilizando a imprensa para comunicar aos cooperados da Coamo como age seu representante já que a Cooperativa não forneceu a lista de seus filiados. A Coamo é motivo de orgulho ao povo paranaense e não pode ter seu nome usado como escudo para proteger e ocultar ações pessoais”, afirmou Eduardo Requião.
CORREDOR – A Appa exigiu a conclusão da manutenção do Corredor de Exportação e, para isso, deu um prazo de 90 dias, que venceu há 60 dias. A medida foi necessária porque, depois de anos sob responsabilidade dos operadores usuários do sistema, falhas por falta de manutenção ocasionaram um acidente num dos ship-loaders responsável pelo embarque de grãos, afetando as exportações pelo Porto de Paranaguá.
A manutenção do Corredor de Exportação tem sido alvo de ações judiciais da Appa, que tenta ter acesso aos valores pagos pelos usuários para a formação de um fundo responsável pela manutenção e modernização do complexo. Os operadores portuários responsáveis pelo Corredor ficaram autorizados a cobrar US$ 0,40 por tonelada embarcada como forma de remunerar este fundo. No entanto, o estado em que o complexo encontra-se, denuncia que esta manutenção não ocorreu.
Porto denuncia representante de cooperativa por conduta incorreta
O representante da cooperativa em Paranaguá, Airton Galinari, tentou atrasar a manutenção do Corredor de Exportação para garantir embarque de sua mercadoria
Publicação
09/11/2007 - 16:47
09/11/2007 - 16:47
Editoria