O governador Roberto Requião se reuniu nesta segunda-feira (23) no Palácio Iguaçu com representantes da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e apresentou uma proposta para a instalação de um escritório da institutição em Paranaguá. “O Porto de Paranaguá é o maior porto graneleiro do mundo e nós queremos ver a formação de preço de grãos no Paraná, no Brasil”, declarou o governador.
Segundo Requião, a Bolsa de Mercadorias e Futuros tem sinal verde para trabalhar no Porto e com os grãos exportados pelo Paraná. “É uma empresa brasileira, administrada por brasileiros e isso é muito bom”, analisou.
O presidente da BM&F, Manoel Felix Cintra Neto, disse que a idéia do governo do Paraná é bem-vinda e que vai tomar as providências para a instalação do escritório. “Provavelmente, no segundo semestre deste ano, estaremos nos estabelecendo em Paranaguá”, afirmou.
Americanos - Durante a reunião, o presidente da bolsa também apresentou ao governador os trabalhos realizados pela instituição e seus objetivos diante da concorrência internacional.
“Viemos analisar com o governador, que é uma pessoa bem esclarecida em relação a Bolsa e conhece as bem as questões que envolvem os contratos de soja, a diferença em ter um contrato com a formação de preços dentro do território do Brasil e um contrato feito sobre os interesses dos americanos” contou Cintra Neto.
De acordo com o presidente da BM&F, há cerca de cinco anos, a bolsa credenciou o Porto de Paranaguá como seu ponto de entrega. “No contrato de soja, temos uma liquidez bastante grande com esse ponto”, argumentou.
A instituição também pretende aumentar estes contratos e informa que já está fazendo isso através da união entre Brasil e Argentina. “O Brasil isoladamente e a Argentina ainda perdem para a produção americana, mas os dois países juntos possuem uma produção maior que a americana”, calculou.