O portal do Programa de Gestão Ambiental em Microbacias (PGAIM), que está na internet desde o início de julho, tem sido o principal instrumento de integração de dados dos diversos programas ambientais executados pelo Estado. O objetivo do programa é melhorar e preservar a qualidade da água das bacias hidrográficas do Paraná, com prioridade para a preservação dos recursos hídricos. O portal foi desenvolvido pela Companhia de Informática do Paraná (Celepar), com tecnologia software livre, os programas de computador de código aberto. O programa utilizado é o eXtensible Object Oriented Portal Systems (XOOPS), que permite a manutenção descentralizada de seu conteúdo pelos próprios administradores do programa. A empresa também é reponsável pela hospedagem e manutenção do sistema e treinamento dos funcionários que alimentam o portal. Para Neivaldo Costa, assessor de Meio Ambiente da Celepar e um dos coordenadores do PGAIM, o portal tem sido fundamental para a localização e obtenção de informações sobre as microbacias do Estado, o que é feito através de sistema de georreferenciamento, facilitando o trabalho dos grupos que atuam nas diversas áreas do programa. Segundo Costa, a preservação dos rios é determinante para o sucesso do PGAIM, porque 85% das águas que abastecem as cidades são de rios. Nesta primeira fase, o Programa está atuando em seis microbacias em situação crítica. \\\"A microbacia é um espaço físico delimitado pelo relevo e pelo fluxo das águas. Nela, os espaços e os problemas urbanos não são dissociados dos rurais e vice-versa. Os diagnósticos situacionais das microbacias são sistêmicos e incluem leituras múltiplas para que possam servir de base a pactos sociais para o equacionamento dos problemas levantados. A sustentabilidade é o pano de fundo para o planejamento do Progama e a educação ambiental é um de seus pilares\\\". Até o final do ano o PGAIM deve atuar em 24 microbacias. A médio e alongo prazo a meta do é fortalecer e monitorar, em cada uma das 3,6 mil microbacias existentes no Paraná, as principais ações já desenvolvidas nas áreas urbana e rural para preservação das nascentes e mananciais de abastecimento público. Além da preservação dos rios, o Programa envolve ações relacionadas ao plantio direto, florestas, agroecologia, terraceamento, manejo de pragas, qualidade da água, adequação de estradas, manejo de pastagens, manejo de dejetos, saneamento rural, macrodrenagem e resíduos. O PGAIM conta com vários grupos de trabalho, entre eles os grupos de gestores regionais e locais, de informações territoriais, ambientais e tecnológicas, de comunicação, de educação ambiental, de orientação técnica e de estudo de recursos. “A soma do trabalho desses grupos é o que determina o diagnóstico correto da situação de cada microbacia, necessário para o planejamento das ações governamentais”, destacou Neivaldo Costa. Além desses princípios, o Programa também leva em conta outras iniciativas já adotadas pelo Estado, municípios e associações microrregionais , leis, diretrizes e políticas ambientais. São os casos dos programas de Política Agrícola e de Recursos Hídricos, o Estatuto das Cidades, a Lei de Saneamento, o Código Florestal, os Programas de Mata Ciliar, Capacitação de Gestores Públicos e Agenda 21. Participam de sua execução as Secretarias de Estado do Meio Ambiente, Agricultura, Planejamento, Educação, Transportes, Educação, Indústria e Comércio, Desenvolvimento Urbano e Assuntos Estratégicos e as instituições filiadas a essas: Emater, IAP, DER, Celepar, Mineropar, Codapar, Paranacidade, Suderhsa, ITCG, IAPAR e Ipardes), Copel, Sanepar e o Ministério Público. São também parceiros importantes, desde o início do programa, a Itaipu Binacional, que repassou a sua experiência no desenvolvimento do Programa “Cultivando Água Boa”, e o Lactec, que presta serviços de ottocodificação da base hidrográfica do Estado.