A taxa de crescimento da população do Paraná passou de 1,1% ao ano entre o período 2000/2007 para 2,4% ao ano a partir de 2008, representando um acréscimo de 305.666 mil habitantes, segundo as estimativas das populações residentes nos 5.565 municípios brasileiros em 1º de julho de 2008, divulgadas nesta sexta-feira (29) pelo IBGE. Com base nestes números, o Paraná possui 10,5 milhões de habitantes.
De acordo com análise feita pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) há indicação de ritmos mais elevados de crescimento para praticamente todos os municípios do Estado, comparando os períodos de 2007/2008 e 2000/2007.
“Comparando as estimativas populacionais divulgadas para o ano de 2007 em relação ao ano de 2008, percebe-se que a nova metodologia de estimativa populacional do IBGE está sendo capaz de captar melhor a dinâmica demográfica mais recente dos municípios paranaenses”, analisa o demógrafo do Ipardes, Anael Cintra.
Segundo Cintra, as estimativas para 2008 relativas aos 8 maiores municípios do Paraná, não contados em 2007 (Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu, Colombo, São José dos Pinhais), sofreram redução de ritmo, ou seja, para eles, as taxas 2008/2007 estão mais baixas do que 2007/2000.
Ele cita, como exemplo, o município de São José dos Pinhais, que embora sua população tenha aumentando em números absolutos, estimados em 263.622 habitantes em 2007, passando para 272.530 em 2008, a taxa de crescimento anual recuou. A taxa de crescimento da população de São José dos Pinhais, entre 2000 e 2007, era de 3,9% ao ano e passou para 2,7% ao ano, em 2008.
Analisando as taxas de crescimento anuis nos períodos 2000/2007 e 2007/2008, das 3 regiões metropolitanas do Paraná (Curitiba, Londrina e Maringá), a de Curitiba praticamente não se alterou, pois era 2,1% ao ano e passou para 2,2% ao ano. Já as taxas de crescimento das regiões metropolitanas de Londrina e de Maringá crescem o ritmo. A RM de Londrina passa de 1,4% ao ano para 1,8% e Maringá, de 1,5% para 2,2% ao ano.
“Porém, isso se deve aos resultados do crescimento dos demais municípios dessas regiões que não os municípios pólos”, atenta a demógrafa do Ipardes, Marisa Magalhães. Nas 3 regiões metropolitanas, chama a atenção a evolução das taxas de crescimento do municípios de Cambé (RM de Londrina) que era de 0,8% ao ano entre 2000 e 2007 e passa para 3,1% ao ano, em 2008; Sarandi (RM de Maringá), evoluindo de 1,7% ao ano para 3,8%; Fazenda Rio Grande, crescendo de de 2,7% para 4,5% e Pinhais, de 1,3% para 3,5% ao ano, ambas regiões metropolitanas de Curitiba.
Dos 399 municípios do Paraná, Tunas do Paraná, que já tinha a maior taxa de crescimento anual da população em todo o Estado, passa de 7,7% ao ano para 7,3%. Na outra ponta, Altamira do Paraná continua sendo o município com menor taxa de crescimento, embora seu ritmo de perda populacional tenha reduzido, pois era de -6,8% ao ano e, em 2008, passou a ser de –4,9%. O município de Guaíra, no Oeste do Estado, foi quem teve o maior aumento no ritmo de crescimento entre 2000/2007 e 2007/2008, passando de crescimento nulo para 2,5% ao ano.
As estimativas populacionais, que são fundamentais para o cálculo de indicadores econômicos e sociodemográficos nos períodos intercensitários, servem também como parâmetro para a distribuição, destinada pelo Tribunal de Contas da União, das quotas relativas ao Fundo de Participação de Estados e Municípios, de acordo com o dispositivo constitucional.