A medida adotada pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) para agilizar o escoamento da produção da tangerina poncã do Vale do Ribeira, neste período de pico de safra, já traz resultados positivos. O preço da fruta vendida no mercado do produtor na Ceasa do Pinheirinho quase dobrou. Um acordo entre a Secretaria, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), permitiu a compra da tangerina poncã pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do Governo Federal. A ação diminuiu a oferta da fruta, que provocava preços reduzidos aos produtores. Antes da medida, a caixa de 20 quilos da tangerina estava sendo vendida entre R$ 4,00 a R$ 5,00. Agora, o preço varia de R$ 7,00 a R$ 8,00. As frutas compradas estão sendo distribuídas para instituições carentes do Estado. Asilos, Associação de Proteção à Maternidade e à Infância, Provopar e outras entidades já começaram a receber as tangerinas. Atualmente, estão sendo adquiridos 14 mil caixas por semana, até o limite de 100 mil caixas. A expectativa é que essa compra aconteça neste mês de julho, quando acontece o pico da safra. Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, a medida além de ajudar a escoar a produção do Vale do Ribeira, melhora o preço da fruta ao reduzir o volume de produção no mercado do produtor na Ceasa do Pinheiro, maior centro distribuidor de alimentos do Estado. A distribuição está sendo feita para instituições de Cascavel, Maringá, Londrina, Foz do Iguaçu e para região metropolitana de Curitiba. Na próxima semana deverão ser incluídas instituições de Paranaguá, União da Vitória e Toledo, informou Eduardo Dornellas, chefe do núcleo regional da Secretaria de Curitiba. A parceria entre o governo do Paraná e o governo federal para o escoamento da safra de tangerina poncã do Vale do Ribeira foi firmada para auxiliar o produtor a enfrentar os problemas de comercialização este ano, quando o Ministério da Agricultura editou resolução que proíbe a venda das frutas com folhas e ramos para evitar a proliferação da doença Mancha Preta dos Citros. A medida sanitária visa evitar a contaminação da doença encontrada nos citros do Vale do Ribeira para outras regiões produtoras.