Política de Requião mudou a realidade rodoviária do Paraná

Declaração é do deputado Waldyr Pugliesi ao rebater acusações da oposição sobre o ingresso da Copel no leilão de privatização de rodovias
Publicação
25/09/2007 - 18:05
Editoria
A política para o setor de transportes, implantada pelo governador Roberto Requião, mudou a realidade rodoviária do Paraná. O Estado, no início de 2003, tinha mais de quatro mil quilômetros de estradas destruídas, estratégia adotada pelo governo anterior para garantir a aprovação popular pela privatização das rodovias federais. A declaração é do deputado estadual Waldyr Pugliesi, líder do PMDB na Assembléia Legislativa, ao rebater acusações da oposição sobre o ingresso da Copel no leilão de privatização de novos trechos rodoviários. Pugliesi assumiu, em janeiro de 2003, a Secretaria Estadual dos Transportes com a missão de encaminhar o plano de recuperação das estradas do Paraná. “Logicamente que não tínhamos recursos orçamentários para, de imediato, estabelecermos aquilo que deveríamos fazer nesse setor. O que fizemos? Elaboramos um programa de obras que foi executado, do primeiro até o último dia do Governo Requião”, lembrou. O deputado recordou quando era o líder da oposição no governo que antecedeu Requião. “Quantas vezes os deputados faziam reclamações de todas as áreas do Paraná. Eu mesmo, como deputado caminhando pelo Paraná, muitas vezes me deparava com bananeiras plantadas nos buracos que existiam nas rodovias, milharais se desenvolveram naquela buraqueira que existiam nas nossas estradas”. Pugliesi resgatou uma declaração à imprensa, logo após assumir a Secretaria a convite de Requião. “Quando alguém me perguntou qual seria o meu primeiro ato como secretário dos transportes, falei: ‘vou constituir uma equipe para cumprir uma tarefa, fazer a colheita desses milharais plantados nas buraqueiras’”, destacou. COMPARATIVOS – O líder do PMDB disse que não preocupa as comparações da oposição, daquilo que foi feito no Governo Requião e o que tinha sido feito em gestões anteriores. “Demos uma demonstração cabal de competência. Não tínhamos, no começo, os projetos necessários para resolvermos problemas que existiam há dezenas e dezenas de anos”. Pugliesi listou aos deputados, obras importantes executadas nas rodovias do Paraná nos últimos quatro anos e meio. Entre elas estão, às duplicações Cascavel–Toledo e Maringá–Paiçandu. Nesta última, segundo ele, os caminhões demoravam até uma hora e meia para ultrapassarem os 22 quebra-molas na área urbana de Paiçandu. “Nós resolvemos esses problemas. Aqui, fizemos o contorno de Curitiba, que desafogou o tráfego. Tiramos 15 mil veículos das ruas de Curitiba”, informou. As obras foram executadas pelo Governo Requião sem onerar a população paranaense. “Fizemos a aplicação dos impostos que recebemos. Fizemos à intervenção em 5,1 mil quilômetros. Não existe nada parecido na história do Paraná. Nada igual”. O plano de recuperação e construção das estradas integrou regiões do Estado que estavam praticamente isoladas. “Por exemplo, fizemos à integração do Vale do Ribeira, fazendo com que as propriedades fossem valorizadas”. PEDÁGIO SOCIAL – A presença da Copel na licitação de novos trechos de rodovias federais, na avaliação de Pugliesi, sinaliza na direção que o Estado pode fazer mais baratas as tarifas de pedágio praticadas no Paraná. “Isso faz com que os valores possam estar submetidos ao interesse público”. Outras obras listadas pelo líder do PMDB incluem mais de duzentas pontes. “Inclusive ligando Tapira–Santa Mônica, fazendo com que todo Noroeste do Paraná tivesse, através dessa obra, condições de trafegabilidade em seu território”. O trabalho, na avaliação de Pugliesi, precisa ser mantido, uma vez que o calçamento está sujeito a ação do tempo e ao tráfego de veículos. A política de transporte de Requião, segundo o deputado, fez com que as vias do Paraná fossem reconhecidas nacionalmente, conforme atestou o Guia Quatro Rodas no início do ano. “Hoje temos talvez 1% de estradas que não estão em condições boas, mas é só colocarmos mais recursos e chegaremos praticamente a uma situação inigualável em relação aos outros Estados brasileiros, inclusive o Estado de São Paulo”, completou.