Policiamento comunitário é a chave para a Segurança Pública

A definição é de Ricardo Balestreri, um dos diretores da Secretaria Nacional de Segurança Pública, que abriu curso de atualização para policiais civis e militares e integrantes do Ministério Pública
Publicação
29/04/2005 - 16:40
Os programas de Segurança Pública desenvolvidos pelo Governo do Paraná, principalmente o Policiamento Comunitário, foram elogiados pelo professor Ricardo Brisolla Balestreri, um dos diretores da Secretaria Nacional de Segurança Pública. Balestreri abriu, na quinta-feira (28) à noite, o curso de Atualização em Direito Criminal para Policiais Civis e Militares, sugerido pelo governador Roberto Requião. O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel David Antônio Pancotti, e o delegado-geral da Polícia Civil, Jorge Azôr Pinto, debateram o tema Improbidade Administrativa, nesta sexta-feira (29). Balestreri abriu o encontro, direcionado a policiais civis e militares e integrantes do Poder Judiciário e do Ministério Público, com a palestra Visão Contemporânea da Segurança Pública. O professor é diretor do Departamento de Pesquisa, Análise de Informação e Desenvolvimento de Pessoal em Segurança Pública da Secretaria Nacional de Segurança Pública. Ele destacou que, no mundo, há uma cultura de paz apenas formal, enquanto que o que domina são as formas de opressão, exclusão, guerras e exploração, geradoras em potencial de violência e de toda a crise vivida atualmente pela segurança pública. “Para resolver isso é preciso começar com prevenção e educação”, falou. Balestreri disse que os governos só conseguirão diminuir a violência se estiverem dispostos a atuar com inteligência. O professor ressaltou as ações de segurança pública implementadas pelo governo do Paraná, principalmente com a aplicação da filosofia de policiamento comunitário. “Segurança a gente tem quando vê o policial na rua, seja a pé, a cavalo, de bicicleta. Segurança a gente tem quando sabe que o policial está no nosso bairro, nos conhece e nós o conhecemos”, comentou. Este é o modelo do Projeto Povo (Policiamento Ostensivo Volante) que já é realidade em mais de 20 bairros de Curitiba e que começou a ser levado para o interior do Paraná. “A Polícia Militar quebrou paradigmas com o policiamento comunitário e quem reconhece isso são os especialistas”, disse o coronel Pancotti. Sugestão – O procurador-geral de Justiça do Paraná, Milton Riquelme de Macedo, lembrou que a sugestão de realização do evento foi do governador Roberto Requião. “Aqui temos a oportunidade de refletir sobre a atuação dos organismos quanto ao problema da segurança pública”, disse. O seminário está sendo promovido pela Escola da Magistratura e Tribunal de Justiça do Paraná, com a participação do Ministério Público. O comandante-geral da PM destacou a importância do evento para a atualização dos profissionais da área da segurança pública. “São conhecimentos que serão aplicados no dia-a-dia e repassados por especialistas renomados”, comentou. Reforma penal, Estatuto do Desarmamento, juizados especiais e termo circunstanciado, crime organizado e infração do adolescente são outros debates que ocorreram durante a sexta-feira no Tribunal do Júri, em Curitiba.